Tratamento para o câncer de mama pode aumentar os risco de problemas cardíacos
Médico fala da importância de profissionais da área cardioncológica.
Com o avanço da medicina, pacientes que tiveram câncer de mama passaram a ter uma sobrevida com mais qualidade. Porém, em alguns casos, o sucesso na parte oncológica vem acompanhado de alguns problemas cardíacos relacionados a algumas drogas usadas no processo.
O cardiologista, Israel Reis, explicou que desde a década de 60, há um conhecimento sobre como algumas substâncias utilizadas no tratamento de câncer, como a antraciclina, afetam negativamente a saúde do coração.
Nos últimos 10 anos, diversas áreas da medicina vêm aprofundando os estudos e traçando estratégias para identificar os casos com maiores riscos: pacientes tabagistas, sedentários, obesos, com diabetes e etc.
“O fato de nós estarmos vivendo mais, tem surgido demandas que a gente nem imaginava”, disse o doutor sobre os avanços nos estudos relacionados ao campo da cardio-oncologia.
A cardio-oncologia é uma área onde o profissional é um cardiologista especialista no manejo de pacientes que tiveram problemas cardíacos em decorrência da quimioterapia, como arritmia cardíaca e infarto. Além de doenças no coração, o sistema cardiovascular como um todo, também pode ser afetado.
Um acompanhamento multidisciplinar envolvendo o oncologista e o cardiologista é fundamental para a saúde do paciente, principalmente no início do tratamento. Ao longo de todo processo quimioterápico, são feitos exames para avaliar o efeito das substâncias e definir quais as dosagens mais seguras em cada caso.
Ter um equilíbrio entre a quimioterapia e manter o coração saudável, ajuda o paciente a ter uma melhor qualidade de vida e um tratamento com maiores chances de sucesso.