Feira de Santana

Sindicato protesta contra precarização do trabalho no Itaú em ato do Dia Nacional de Luta

A manifestação teve como objetivo denunciar as condições de trabalho na instituição, contrastando com a imagem de sucesso que o banco, em seu centenário, projeta para o público.

29/10/2024 19h00
Sindicato protesta contra precarização do trabalho no Itaú em ato do Dia Nacional de Luta
Foto: Divulgação Sindicato dos Bancários

Nesta terça-feira, 29 de outubro, o Sindicato dos Bancários de Feira de Santana realizou um protesto em frente à agência 0443 do Itaú, situada na Rua Conselheiro Franco, como parte do Dia Nacional de Luta. A manifestação teve como objetivo denunciar as condições de trabalho na instituição, contrastando com a imagem de sucesso que o banco, em seu centenário, projeta para o público. Durante o ato, os bancários distribuíram o boletim “Itaunido” para os funcionários do banco, informando o impacto que as metas abusivas, terceirizações crescentes e demissões arbitrárias causam na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

Edmilson Cerqueira, diretor de comunicação e imprensa, destacou a postura do banco em relação aos trabalhadores e clientes: “Cem anos com maus tratos aos clientes, maus tratos ao funcionário, desrespeitando as leis, desrespeitando o comércio, desrespeitando a cidade. Então, nós estamos aqui para defender o funcionário, defender a população, defender o comércio.”

O secretário geral do sindicato, Helmiton Sousa, também enfatizou a importância da luta sindical, reforçando o compromisso com os trabalhadores e clientes: “Eu me sinto grato em fazer parte da diretoria desse sindicato, porque agora em setembro findamos uma campanha salarial e agora em outubro já estamos nas ruas. O que fica claro é que o sindicato dos bancários não luta só por si, não luta só pelos bancários de forma direta; a gente luta também por vocês, pelos clientes. Queremos o melhor atendimento para vocês, clientes, e condições dignas de trabalho para os funcionários. Para isso, o banco precisa contratar e investir. Afinal, o setor financeiro é o que mais lucra no país, e estamos aqui para mostrar uma realidade diferente daquela que o Itaú apresenta nos grandes meios de comunicação. ”

Florêncio Matos, diretor de formação sindical, dirigiu-se ao público incentivando a defesa dos direitos: “Alguém vai abordar você e dizer que você não pode entrar no banco? Claro que tem que entrar. O Banco Central fornece uma carta patente que autoriza o funcionamento do banco. Então, o banco não pode fazer o que ele quer. Se precisar brigar por algo, brigue pelos seus direitos. Faça valer os seus direitos. Está na Constituição, no Código Civil, no Código Penal. Exija ser atendido na agência. Se não deixarem você entrar, denuncie. Nós, bancários, estamos aqui para esclarecer isso. ”

A manifestação também alertou sobre o fechamento de agências e o aumento da terceirização, práticas que ampliam a sobrecarga de trabalho e tornam o ambiente ainda mais hostil para os trabalhadores .

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