Economia

Preço da laranja em alta; Economista aponta fatores e alternativas

Diante dessa alta expressiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugeriu recentemente que os consumidores substituíssem a laranja por outras frutas.

03/02/2025 10h32
Preço da laranja em alta; Economista aponta fatores e alternativas
Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

O preço da laranja disparou nos últimos meses, com a variedade lima registrando um aumento de 91,3% e a pera subindo 48,33% em 2024. Os dados foram divulgados pelo Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) e refletem um cenário de preocupação para consumidores e comerciantes que dependem da fruta em seus negócios.

Diante dessa alta expressiva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugeriu recentemente que os consumidores substituíssem a laranja por outras frutas. A declaração gerou polêmica nas redes sociais, com diversas opiniões divididas sobre a viabilidade dessa alternativa.

Para entender melhor os motivos desse aumento, a economista Leila Oliveira explicou os principais fatores que impactaram a safra e elevaram os preços.

“O que a gente tem para falar sobre esse aumento são três fatores principais. O primeiro foi a seca no ano passado, que afetou a lavoura e comprometeu a safra. O segundo fator foi a incidência de algumas pragas que reduziram a qualidade de parte das safras. E, por fim, a alta do dólar, que variou entre R$ 5 e R$ 6, tornando mais vantajoso para os produtores exportarem a laranja, reduzindo a oferta no mercado nacional”, detalhou.

A especialista também deu orientações para os consumidores. “O consumidor precisa pensar em outras alternativas de frutas para substituir no seu cardápio, já que a laranja está tão inviável”, sugeriu.

Já para empreendedores que utilizam a laranja como insumo, como bares, restaurantes e lanchonetes, a recomendação é negociar melhor com fornecedores para minimizar os impactos do aumento.

“Eles precisam negociar melhor para não acabar repassando esse preço diretamente para o consumidor e perdendo espaço no mercado para aquele concorrente que soube encontrar as melhores condições”, alertou Leila Oliveira.

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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