Educação

Pé de Meia: decisão do TCU suspende R$ 6 bilhões do programa

O MEC (Ministério da Educação) negou irregularidades

23/01/2025 08h14
Pé de Meia: decisão do TCU suspende R$ 6 bilhões do programa
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) manteve, nesta quarta-feira (22), a decisão cautelar do ministro Augusto Nardes que suspende a execução de R$ 6 bilhões do programa de apoio educacional Pé de Meia.

Ao todo, cerca de 3,9 milhões de estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas de ensino médio de todo o país recebem o apoio financeiro. A decisão foi tomada por unanimidade, mas cabe recurso.

O governo fez um investimento de R$ 12,5 bilhões. O Pé de Meia paga uma mesada de R$ 200 por aluno durante o ano letivo, além de uma poupança anual de R$ 1 mil a quem for aprovado, mas que só pode ser sacada ao final da conclusão do ensino médio.

Cada aluno pode receber até R$ 9,2 mil ao final dos três anos desta etapa de ensino. Instituído pela Lei 14.818/2024, o programa foi criado para estimular a permanência de estudantes pobres na escola, já que o Brasil enfrenta graves problemas de evasão escolar há décadas.

Nardes já havia concedido uma decisão provisória para suspender os pagamentos, diante de uma ação proposta pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), que alegou que os valores utilizados para o crédito do programa estavam fora do Orçamento. O alerta foi mantido pela área técnica do tribunal.

O MEC (Ministério da Educação), responsável pelo programa, informou que vai “complementar os esclarecimentos tempestivamente”, assim que a pasta for notificada da decisão. O órgão também alegou que “todos os aportes feitos para o programa Pé de Meia foram aprovados pelo Congresso Nacional e cumpriram as normas orçamentárias vigentes”.

Em nota, a AGU (Advocacia Geral da União) informou ter recorrido da decisão, alegando não haver “qualquer ilegalidade” na transferência de recursos entre fundos e que o bloqueio cautelar e repentino de mais de R$ 6 bilhões “causará transtornos irreparáveis ao programa e aos estudantes”.

“Caso a decisão do TCU não seja revertida, a AGU pede que seus efeitos ocorram somente em 2026 e, que, nesse caso, seja concedido um prazo de 120 dias para que o governo federal apresente um plano para cumprimento da decisão sem prejuízo da continuidade do programa”, aponta o órgão.

*Com informações Bahia.ba

Comentários

Leia também

Educação
Governo autoriza novas vagas para concurso e seleções da Uefs

Governo autoriza novas vagas para concurso e seleções da Uefs

As normas para a realização do concurso e das seleções serão divulgadas nos respectivos...
Educação
Auxiliares da educação inclusiva participam de formação na Secretaria de Educação

Auxiliares da educação inclusiva participam de formação na Secretaria de Educação

O encontro aconteceu no Centro Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva ...
Educação
Secretaria de Educação realiza encontro para definir plano de ação para 2025

Secretaria de Educação realiza encontro para definir plano de ação para 2025

O encontro prossegue durante o dia todo, no auditório da Seduc