Membros da CPI da Saúde vão pedir a Justiça o afastamento do prefeito Colbert
Segundo eles, o gestor pode atrapalhar as investigações da PF
Rafael Marques
Foi realizada na manhã desta sexta-feira (5), na Câmara Municipal, uma coletiva de imprensa com os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou supostas irregularidades nos contratos da Secretaria de Saúde de Feira de Santana. A reunião foi convocada pelos vereadores Paulão do Caldeirão (PSC); Ivanberg Lima (PT); Emerson Minho (DC); Galeguinho SPA (PSD) e Lú de Ronny (MDB), após a Polícia Federal deflagrar a Operação No Service, para investigar dois secretários da atual gestão: Marcelo Brito (Saúde), acusado de cometer irregularidades na contratação de empresa de sua propriedade para realizar consultoria em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, sob acusação de valores superfaturados, e com a autorização do secretário de Governo Denilton Pereira. Ambos, foram afastados dos cargos, por determinação da justiça.
O presidente da Casa, vereador Fernando Torres (PSD), afirmou que a comissão irá pedir a Justiça Federal, o afastamento do prefeito Colbert Martins Filho.
“A Câmara pode pedir a cassação do prefeito se for comprovado algum crime. Quem pode dar o afastamento é a Polícia Federal. Os vereadores irão solicitar por 90 dias, para que as investigações não sejam prejudicadas, já que ele está envolvido. São muitos crimes cometidos por essa gestão, por isso que nós criamos uma comissão oficiosa para analisar. Eu não vou ser irresponsável ao ponto de colocar em pauta o afastamento caso ele não tenha cometido crime”, declarou.
Segundo o relator da CPI, vereador Ivanberg Lima (PT), o documento sugerindo a desanexação de Colbert, do cargo, será redigido e entregue à justiça.
“Faremos esse documento e entregaremos à Policia Federal, para que a justiça possa fazer o afastamento, já que Câmara não tem esse poder”, afirmou.
Sobre as alegações do prefeito Colbert, de que a operação não teve relação com a CPI, Ivanberg destacou que consta no release disparado pela PF, trechos do relatório final.
“No release tem trechos do nosso relatório. Isso é uma prova. Eles devem ter lido e acompanhado as oitivas onde evidenciamos que o secretário Marcelo não tinha formas de comprovar a realização da consultoria”, explicou.