Economia

Haddad decidirá sobre reoneração dos combustíveis nesta terça

Ele já antecipou que o valor desse colchão, trata-se de uma espécie de reserva financeira e que a Petrobras não precisa reformular a política de paridade de preços com o mercado internacional

28/02/2023 08h00
Haddad decidirá sobre reoneração dos combustíveis nesta terça
Foto: Ricardo Stuckert

Após a Petrobras informar que pode usar o “colchão” para absorver parte da reoneração da gasolina e ajudar a conter o preço final ao consumidor, levando em consideração que a gasolina no Brasil atualmente está acima do preço médio internacional, o que dá gordura à estatal para amortecer parte do aumento de preços nos postos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad decidirá sobre a decisão final de como se dará esse processo, nesta terça-feira (28), após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. “Vamos fechar com o presidente. Temos alguns pequenos detalhes [para serem decididos]”, disse.

Ele já antecipou que o valor desse colchão, trata-se de uma espécie de reserva financeira e que a Petrobras não precisa reformular a política de paridade de preços com o mercado internacional (PPI). “[O uso do colchão] dentro do PPI significa respeitar o PPI. Significa que a atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado”, declarou Haddad ao deixar o ministério.

A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda anunciou que a reoneração manteria a arrecadação de R$ 28,88 bilhões até o fim do ano. A medida havia sido anunciada por Haddad em janeiro, como parte do pacote para aumentar as receitas e diminuir para cerca de R$ 100 bilhões o déficit neste ano.

O ministério também informou que a proposta em discussão estabelece que a alíquota da gasolina subirá mais que a do etanol, para onerar mais os combustíveis fósseis. A assessoria de imprensa da pasta acrescentou que a reoneração buscará ter caráter social, para “penalizar menos o consumidor”, e econômico, para preservar o ganho de arrecadação inicialmente previsto.

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha. Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024.

*Com informações da Agência Brasil

Comentários

Leia também

Economia
Brasil terá maior alíquota do mundo após reforma tributária no Senado

Brasil terá maior alíquota do mundo após reforma tributária no Senado

Futuro IVA terá alíquota de 28,55%, superando a Hungria
Economia
Segunda parcela do décimo terceiro deve ser depositada até sexta-feira

Segunda parcela do décimo terceiro deve ser depositada até sexta-feira

Segundo Dieese, salário extra injetará R$ 321,4 bilhões na economia
Economia
Serasa estende Feirão Limpa Nome e oferece condições especiais para renegociação de dívidas

Serasa estende Feirão Limpa Nome e oferece condições especiais para renegociação de dívidas

A medida amplia ainda mais as oportunidades para quem deseja regularizar pendências com...