Gastos com materiais escolares impactam 85% das famílias brasileiras: economista dá dicas para economizar
Brasileiros gastaram R$ 49,3 bilhões com esses itens em 2024
Os gastos com materiais escolares movimentaram R$ 49,3 bilhões em 2024, representando um aumento de 43,7% nos últimos quatro anos, de acordo com uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e e QuestionPro. O levantamento revelou que 85% das famílias com filhos em idade escolar sentiram o peso dessas despesas no orçamento. Além disso, um a cada três compradores declarou que pretende parcelar os gastos para se preparar para o ano letivo de 2025.
O economista Antonio Rosevaldo Silva trouxe dicas práticas para famílias que buscam economizar.
“Chegou o início do ano e, com ele, a necessidade de comprar materiais escolares. Isso impacta tanto os alunos da rede pública quanto da rede privada, principalmente para as famílias de classe B, que investem mais na educação dos filhos”, destacou. Segundo Rosevaldo, a quantidade de materiais escolares é grande, e muitos acabam recorrendo ao parcelamento para dar conta das despesas.
Para ajudar as famílias a reduzir o impacto desses gastos, o economista apresentou algumas estratégias:
- Reaproveitamento
Rosevaldo aconselha as famílias a reutilizarem materiais do ano anterior. “Mochilas, cadernos com folhas não usadas e outros itens podem ser reaproveitados, o que já reduz bastante as despesas”, orientou. - Planejamento antecipado
“O ideal é começar a planejar as compras desde novembro ou dezembro, criando uma lista específica que separe o essencial do supérfluo”, sugeriu. - Compras antecipadas e promoções
Aproveitar promoções, como a Black Friday ou liquidações pós-volta às aulas, é outra dica valiosa. “Não deixe tudo para o começo do ano. Você pode antecipar algumas compras e guardar para evitar gastos acumulados em um único mês”, disse. - Pesquisa de preços
Utilizar plataformas digitais para comparar preços em diferentes lojas é essencial. “Aqui na Bahia, por exemplo, temos o aplicativo Preço da Hora, elaborado pelo governo estadual, que ajuda a encontrar os produtos mais baratos”, recomendou Rosevaldo. - Parcelamento consciente
Por fim, o economista sugere espalhar as compras ao longo do ano, adquirindo itens como canetas e cadernos em pequenas quantidades, conforme a necessidade.
*Com informações da repórter Isabel Bomfim