Saúde

Feira de Santana ganha serviço exclusivo de oxigenoterapia hiperbárica voltado para cirurgias plásticas reparadoras

A novidade já está disponível em Feira de Santana e promete oferecer um novo padrão de qualidade para os procedimentos cirúrgicos

23/04/2025 10h37
Feira de Santana ganha serviço exclusivo de oxigenoterapia hiperbárica voltado para cirurgias plásticas reparadoras

Feira de Santana acaba de receber uma tecnologia de ponta que promete transformar a recuperação de cirurgias plásticas reparadoras e estéticas: a oxigenoterapia hiperbárica monoplace. A novidade foi apresentada durante o quadro Saúde em Pauta com a nutróloga Dra. Aline Jardim, que recebeu o cirurgião plástico Dr. Maximiguel Romero para uma conversa informativa e esclarecedora sobre o tema.

“A cidade ganha um serviço exclusivo, com mais conforto e individualidade para os pacientes. Diferente da modalidade multiplace, onde várias pessoas realizam a terapia juntas, o modelo monoplace permite que o paciente esteja sozinho na câmara, assistindo a um filme ou série, com comodidade durante o tratamento que pode durar até uma hora e meia”, explicou Dra. Aline.

A oxigenoterapia hiperbárica, segundo os especialistas, tem se mostrado um grande avanço no tratamento de feridas, cicatrizações e, agora, como adjuvante em cirurgias plásticas reparadoras. O Dr. Maximiguel detalhou a importância da tecnologia:

“A cirurgia plástica é dividida em estética e reparadora. Essa última devolve funcionalidade e aparência a regiões do corpo afetadas por traumas, doenças ou cirurgias, como no caso de pacientes pós-câncer de mama, grandes queimados e pessoas que passaram por cirurgias bariátricas. A oxigenoterapia acelera a cicatrização e reduz o tempo de internação, devolvendo a qualidade de vida ao paciente com muito mais rapidez.”

De acordo com o cirurgião, há evidências científicas de que a oxigenoterapia aumenta significativamente a taxa de recuperação, permitindo que pacientes que antes levariam meses para cicatrizar possam obter alta em até 30 dias.

Além de acelerar o processo inflamatório natural do corpo e estimular a regeneração de tecidos, o tratamento também previne complicações, como destacou a nutróloga:

“Já sabemos que ela não deve ser usada apenas quando há complicações. A terapia hiperbárica deve ser indicada antes mesmo da cirurgia, como parte do preparo do paciente, da mesma forma que já se faz com a nutrologia. Isso reduz o risco de necroses e outras intercorrências no pós-operatório.”

O protocolo já está sendo implementado tanto na rede pública quanto privada, e Feira de Santana agora conta com estrutura que segue os padrões de grandes centros, como São Paulo e até países como Estados Unidos e Colômbia, onde a câmara hiperbárica já é presença obrigatória em clínicas de cirurgia plástica.

Dr. Maximiguel destacou ainda o impacto dessa tecnologia na prática clínica:

“Por exemplo, quando temos um paciente com ferimentos graves, a terapia hiperbárica prévia pode reduzir em até 50% a extensão da lesão antes mesmo da cirurgia. Isso permite procedimentos menos agressivos, cicatrizes menores e uma alta hospitalar muito mais rápida.”

A câmara hiperbárica funciona com pressurização de oxigênio puro, simulando as condições de um mergulho a 20 metros de profundidade — mas sem água. O paciente respira oxigênio a alta pressão, o que facilita a oxigenação dos tecidos, essencial para a cicatrização.

Embora existam algumas contraindicações, toda indicação é feita mediante avaliação médica prévia. E a versatilidade da terapia impressiona: além das cirurgias plásticas, ela já é usada por ortopedistas, dentistas (para implantes), e até em casos oncológicos.

Para Dra. Aline, a difusão dessas informações é fundamental:

“Precisamos tirar o estigma de que essa terapia é apenas para feridas em diabéticos. A medicina avança, e hoje sabemos que ela é essencial também em cirurgias estéticas. É por isso que criamos esse espaço mensal para trazer essas informações com embasamento técnico e científico. Feira de Santana está no mesmo nível das capitais nesse aspecto, e nossa população precisa saber disso.”

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