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Ex-goleiro do Bahia, Omar busca retornar ao futebol após quatro anos suspenso por doping

Natural da cidade de São Paulo, filho de uma mãe baiana e um pai paulista, Omar batalha por uma nova oportunidade.

11/11/2023 07h45
Ex-goleiro do Bahia, Omar busca retornar ao futebol após quatro anos suspenso por doping
Foto: Divulgação

“Sempre que eu encontro torcedores do Bahia, seja em São Paulo, ou em qualquer lugar do Brasil e do mundo, eles lembram de alguns jogos, como o do acesso em 2010, contra a Portuguesa…”. Essas são palavras de Omar, goleiro do Esquadrão no marcante jogo do retorno da equipe à elite do futebol brasileiro após um período de sete anos afastada da Série A. Hoje, o arqueiro de 34 anos busca retornar aos gramados após um período de quatro anos suspenso por doping.

Natural da cidade de São Paulo, filho de uma mãe baiana e um pai paulista, Omar batalha por uma nova oportunidade, algo comum desde o começo da sua trajetória para virar jogador de futebol. Antes de realizar a sua estreia profissional pelo Bahia em junho de 2010, contra o Colo-Colo, no Campeonato Baiano, o goleiro passou pelas divisões de base do Santos e do Cruzeiro, com períodos no Itaúna-MG e Ipatinga-MG. Em 2009, a pedido de Newton Mota, diretor do Bahia na época, Omar apostou em trocar Belo Horizonte por Salvador e até hoje carrega consigo o reconhecimento do torcedor tricolor.

“Essa passagem pelo Bahia foi um marco no início da minha carreira. Todo o período que eu fiquei no clube criou uma identificação que extrapolou. Esse carinho e respeito me deixam muito agradecido porque é uma injeção de ânimo. Para mim, como jovem, nascendo naquela equipe que depois de sete anos conquistou um acesso para a Série A… Foi um marco nascer daquele jeito. Cada jogo teve a sua importância, mas a partida da Portuguesa, a do acesso, e depois o retorno do Bahia na Série A, em 2011, em Salvador, contra o Flamengo, são marcas da minha história que ecoam muito forte. Eu avalio essa passagem com muito carinho e sei o quanto o Bahia é muito importante na minha caminhada”, comentou o goleiro. 

Naquela Série B de 2010, Omar fazia parte de um grupo de goleiros do Bahia que contava com nomes como Fernando Leal e Renê, realizando no total nove jogos como titular. O arqueiro ficou no Esquadrão até janeiro de 2016, quando foi para o Bragantino. Depois, Omar passou por Gil Vicente, de Portugal, Água Santa-SP, Rio Branco-AC, Caldense-MG até chegar ao Juventude, em 2019, ano que foi pego no doping.

“Em 2019 eu vinha em uma crescente, voltando a um grande clube, o Juventude, que me abriu as portas. Conquistamos o objetivo do acesso. Nós tínhamos essa meta com o professor Marquinhos Santos, que me retornou a uma grande equipe. Após a competição, o meu contrato seria renovado automaticamente com o acesso à Série B e então eu fui notificado que tinha testado positivo no doping”, explicou Omar.

Após conquistar mais um acesso na carreira, o goleiro foi informado que havia testado positivo para ostarina, substância com ação anabolizante que contribui para o aumento da massa muscular, da força e da performance. A contaminação aconteceu pois a substância estava em um suplemento chamado arginina, que fazia parte da dieta do goleiro.

Com a notícia do teste positivo, situação semelhante com a que ocorreu com o medalhista olímpico no salto com vara, Thiago Braz, o atacante Matheus Gonçalves, atualmente no Vitória, e outros atletas como os zagueiros Rodrigo Moledo e Manoel, Omar procurou se cercar dos melhores profissionais disponíveis para construir a sua defesa. O jogador conta que foi assessorado por um dos maiores escritórios de advocacia desportiva do Brasil, através do Doutor Bichara e Motta, e também teve o suporte do experiente bioquímico Doutor Luiz Cameron.

Após um primeiro julgamento, que, devido a pandemia de COVID-19 iniciada em 2020, aconteceu um ano e oito meses após Omar testar positivo, o jogador foi suspenso, a princípio, por quatro meses. Pouco tempo depois, o caso do goleiro teve uma reviravolta. Com um pedido de recurso feito pelo laboratório da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), Omar teve que passar por outro julgamento. Nesse novo processo, pena foi máxima: quatro anos afastado dos gramados.

Bahia Notícias

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