EUA detalham ataque ao Irã com operação “Martelo da Meia-Noite”
Mais de 125 aeronaves participaram da ofensiva que atingiu instalações nucleares iranianas durante a madrugada de sábado (21)
Neste domingo (22), o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e o chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine, realizaram uma coletiva de imprensa no Pentágono para esclarecer a ofensiva conduzida contra o Irã, batizada de operação “Martelo da Meia-Noite”.
A ação ocorreu na madrugada de sábado (21) e teve como alvos principais as instalações nucleares iranianas localizadas em Fordow, Natanz e Isfahan. Ainda na mesma noite de sábado, o presidente Donald Trump fez um pronunciamento sobre os ataques.
Segundo Dan Caine, o ataque começou por volta das 2h10 no horário local iraniano, quando 14 granadas de artilharia pesada foram disparadas. Em seguida, os mísseis encerraram a sequência de impactos contra os alvos estratégicos.
No total, mais de 125 aeronaves foram mobilizadas, incluindo aviões de reconhecimento, caças, bombardeiros B-2, aviões-tanque de reabastecimento e mísseis Tomahawk.
Bombardeiros B-2 lançaram armas de destruição pesada
A operação contou com sete bombardeiros B-2 Spirit, aeronaves furtivas de longo alcance, que lançaram mais de uma dúzia de bombas Massive Ordnance Penetrator, cada uma pesando cerca de 13.660 kg, contra as instalações nucleares de Fordow e Natanz.
Simultaneamente, mísseis Tomahawk foram disparados contra Isfahan, ampliando o alcance e o impacto da operação. Caine informou que os ataques sobre os três locais começaram às 3h10 (horário local), e todas as aeronaves já haviam deixado o espaço aéreo do Irã até as 3h30.
Operação de dissimulação garantiu surpresa tática
A ofensiva também envolveu uma complexa estratégia de dissimulação. Parte das aeronaves seguiu para o Pacífico, em uma rota simulada com o objetivo de confundir os radares iranianos e manter o elemento surpresa.
“Esse movimento, conhecido apenas por um número extremamente restrito de planejadores e lideranças em Washington e Tampa, funcionou como uma isca para atrair a atenção iraniana”, explicou Caine.
Enquanto isso, o grupo principal de bombardeiros B-2 avançava silenciosamente rumo ao leste, mantendo comunicações mínimas para evitar detecção.
Missão histórica
Ainda, de acordo com Caine, os bombardeiros partiram de uma base aérea no estado do Missouri, nos Estados Unidos, e completaram a missão mais longa com aeronaves B-2 já registrada.
Ele reforçou que a operação foi executada com precisão cirúrgica e que o objetivo foi neutralizar a capacidade nuclear do Irã, em resposta ao agravamento das tensões no Oriente Médio.
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