A estomaterapeuta e feridóloga Áquilla Chahinne, referência em Feira de Santana no tratamento de feridas complexas e pé diabético, participou de uma entrevista esclarecedora e desmistificou diversos mitos que envolvem o cuidado com feridas. Representando a clínica Dr. Curativos, ela destacou a importância do tratamento adequado e especializado para garantir uma cicatrização segura e eficaz.

“É um prazer estar aqui falando com vocês sobre esse tema tão necessário. Todo dia temos a graça de ver pacientes recebendo alta e voltando à sua vida normal. Isso é muito gratificante, pois estamos levando qualidade de vida às pessoas”, celebrou a especialista.

Feridas não devem “respirar”

Um dos mitos mais comuns entre os pacientes é a crença de que feridas precisam “respirar” e, por isso, devem ficar descobertas. Áquilla foi direta ao esclarecer:

“Isso é um mito. Desde a década de 1960, estudos comprovaram que feridas cobertas cicatrizam duas vezes mais rápido que as descobertas. Deixar o ferimento exposto pode, na verdade, retardar a recuperação.”

Produtos caseiros

O uso de produtos populares como café, pasta de dente e até babosa diretamente na ferida também foi abordado com preocupação.

“Esses itens podem conter fungos e microrganismos que agravam a situação. Embora a babosa tenha propriedades cicatrizantes, ela precisa passar por um processo de esterilização antes de ser usada. Colocá-la direto da planta na ferida não é seguro.”

Álcool e água oxigenada não são indicados

A doutora também alertou sobre o uso de água oxigenada e álcool para limpar feridas:

“Esses produtos são citotóxicos, ou seja, agridem as células do ferimento e podem atrasar a cicatrização, além de causar dor e ressecamento. Hoje existem opções muito mais seguras para limpeza.”

Casquinha x necrose: é preciso saber a diferença

Outro ponto importante foi a confusão entre casquinha e necrose. Segundo Áquilla, a formação da casca é uma etapa natural em ferimentos superficiais, mas precisa de atenção.

“Em feridas crônicas, aquela capa escura pode ser necrose, e não casquinha. A necrose é um indicativo de infecção. É preciso saber diferenciar e buscar atendimento especializado.”

Alimentação e troca de curativos: fatores decisivos

Contrariando outro mito, a alimentação tem papel fundamental na cicatrização.

“Sem os nutrientes certos, como proteínas, vitaminas e sais minerais, o corpo não consegue se recuperar adequadamente. É como tentar construir uma casa sem os materiais.”

Ela também destacou que trocar o curativo várias vezes ao dia pode atrapalhar o processo.

“Abrir constantemente o curativo tira o ferimento do ambiente ideal de cicatrização. Mas também não se deve deixá-lo por tempo demais, pois isso aumenta o risco de infecção — salvo nos casos de curativos especiais, que têm tecnologia própria para durar mais tempo.”

Rifocina: só com infecção confirmada

Sobre o uso frequente da Rifocina em pontos cirúrgicos, Áquilla alertou:

“Rifocina é um antibiótico. Usar sem necessidade pode gerar resistência bacteriana. Só é indicada quando há infecção confirmada.”

Atendimento especializado pode evitar amputações

Áquilla aproveitou para reforçar que muitas feridas complexas podem ser tratadas com eficácia quando acompanhadas por profissionais especializados e com tecnologia adequada.

“Na Dr. Curativos, usamos laserterapia, terapia por pressão negativa e curativos avançados. Feridas crônicas de anos podem cicatrizar com poucos atendimentos, evitando inclusive amputações.”

A clínica está oferecendo um canal direto para atendimento via WhatsApp pelo número (75) 99300-9473, onde a própria doutora responde dúvidas dos pacientes.

“Se você tem um ferimento que não cicatriza ou tem dúvidas se precisa de um atendimento especializado, mande um áudio. Eu mesma vou ouvir e responder se é o caso de iniciar um tratamento conosco.”

A clínica Dr. Curativos está localizada no Edifício Ícone, na Avenida Getúlio Vargas, 792, 11º andar, dala 1107, e vem se consolidando como referência no tratamento de feridas e cuidados com o pé diabético.