Erisipela: infecção perigosa pode começar com uma simples ferida na pele, alerta especialista
A doença pode surgir a partir de ferimentos simples e evoluir para quadros graves, como internação e até necrose.
A estomaterapeuta e feridóloga Áquilla Chahinne, conhecida pelo trabalho à frente da clínica Dr. Curativos, trouxe informações sobre a Erisipela — uma infecção bacteriana que, apesar do nome pouco familiar para muitos, é mais comum do que se imagina. Segundo ela, a doença pode surgir a partir de ferimentos simples e evoluir para quadros graves, como internação e até necrose.
Conhecida por nomes populares como “mal de praia”, “febre de Santo Antônio” e “vermelhão”, a Erisipela atinge principalmente a pele e o tecido subcutâneo, geralmente nos membros inferiores.
“Ela é causada por uma bactéria chamada estreptococo, que já habita nossa pele, mas aproveita pequenas aberturas para se proliferar”, explicou a especialista.
Segundo a Dra. Áquilla, qualquer pequeno ferimento pode ser uma porta de entrada para a bactéria.
“Uma simples coceira, uma micose entre os dedos ou uma ferida que não está sendo tratada corretamente já são suficientes para desencadear a infecção”, afirmou. Ela citou o caso de um jovem de 17 anos que desenvolveu uma grave infecção após machucar a perna jogando futebol de areia. “Ele precisou de internação e perdeu parte da musculatura da perna. Tudo por não reconhecer os primeiros sinais da Erisipela”, contou.
Grupos de risco incluem idosos, pessoas com diabetes, obesidade, linfedema (inchaço crônico), e insuficiência venosa, como varizes.
“Essas pessoas têm maior dificuldade de resposta imunológica e circulatória, tornando-se alvos fáceis da bactéria”, acrescentou.
Os sintomas mais comuns são vermelhidão, dor, inchaço e calor no local afetado. A pele pode apresentar aspecto de queimadura, e em casos mais graves, surgem bolhas e até úlceras.
“Se a pele está vermelha, inchada, quente e dolorida, ou se há febre associada, é fundamental procurar um médico o quanto antes”, orientou Áquilla.
Ela fez um alerta sobre a evolução rápida da doença: “Quanto mais tarde for iniciado o tratamento com antibióticos, maior o risco de complicações como necrose e necessidade de internação”.
Durante o tratamento da Erisipela, os curativos são fundamentais, principalmente quando há bolhas ou rompimento da pele.
“Além do antibiótico, usamos produtos antimicrobianos e fazemos a higienização adequada da ferida para reduzir a carga bacteriana”, explicou. “É essencial manter o ferimento coberto para evitar novas contaminações”.
Áquilla também destacou que um dos maiores erros cometidos é o uso de tratamentos caseiros, como chás, café, manteiga ou cebola.
“Esses métodos podem agravar a situação. Em vez de ajudar, eles pioram a ferida”, alertou.
Apesar da gravidade, a especialista reforça que a Erisipela pode ser prevenida com cuidados básicos. “A bactéria está na nossa pele. A questão é evitar as portas de entrada. Tratar micoses, manter os pés secos, não ignorar machucados, e cuidar de úlceras são medidas fundamentais”, afirmou.
A infecção é mais comum nos membros inferiores, mas pode afetar outras partes do corpo. “Não é uma questão só de quem tem feridas crônicas. Às vezes, é um simples corte ou uma picada de mosquito”, disse Áquilla.
Durante o quadro, a paciente Edna, que está em tratamento na clínica Dr. Curativos, compartilhou sua experiência: “Comecei tratando psoríase e tive que parar porque apareceu a Erisipela. Fiz cirurgia e estou fazendo curativos com a Dra. Áquilla desde janeiro. Já estou quase curada. Recomendo muito, o atendimento é maravilhoso”, relatou.
A clínica Dr. Curativos, localizada no Edifício Ícone, na Avenida Getúlio Vargas, nº 792, 11º andar, sala 1107, é especializada no tratamento de feridas complexas e pé diabético. Os atendimentos são feitos por profissionais qualificados e com o uso de tecnologia de ponta. O contato para agendamento é o número (75) 99300-9473. Para acompanhar o trabalho da Dra. Áquilla, basta seguir o perfil @dr.curativos no Instagram.