Entenda as causas e limitações do clareamento da região íntima feminina
A coloração da pele da região íntima é naturalmente diferente do restante do corpo e tende a se intensificar com o tempo
O desejo de clarear a pele da região íntima leva muitas mulheres a buscar procedimentos estéticos, mas, segundo a ginecologista Dra. Márcia Suelly, é fundamental compreender que resultados “de pele de bebê” são impossíveis de alcançar.
“Nossa pele íntima nunca será igual à pele do rosto ou do corpo. Ela é ligeiramente mais escura, assim como acontece com cotovelos e joelhos, devido ao atrito constante”, explicou a médica.
Segundo Dra. Márcia, esse escurecimento é um processo natural e tende a se acentuar com a idade. “Nascemos com a pele mais rosada, mas, ao longo dos anos, o atrito e as alterações hormonais, especialmente a partir dos 30 ou 40 anos, fazem com que a região escureça ainda mais. A flacidez também contribui para isso”, disse.
A especialista alerta que o clareamento deve ter como meta um tom próximo ao dos mamilos, “ligeiramente mais escuro do que a cor natural da pele”, e não um branqueamento total.
Principais causas
Entre os fatores que influenciam a coloração, a médica destaca:
Genética: algumas mulheres já nascem com a região mais escura devido à herança familiar.
Fototipo: a cor da pele influencia diretamente. “Peles mais morenas tendem a escurecer mais facilmente com o atrito e outros fatores, enquanto peles mais claras têm menos propensão”, explicou.
O fototipo, segundo ela, é a classificação que considera não apenas a cor da pele, mas também a capacidade de queimar ou bronzear. Vai do tipo 1 (pele muito clara, comum em ruivas) até o tipo 6 (pele negra). “A maioria dos brasileiros está entre os fototipos 4 e 5, o que já nos dá uma tendência natural ao escurecimento dessa região”, observou.
Para Dra. Márcia, compreender essas características individuais é essencial para definir expectativas realistas antes de iniciar qualquer tratamento estético.