Economista orienta sobre como usar o 13º salário de forma inteligente
O 13º salário pode ser uma oportunidade não apenas para equilibrar as contas, mas também para construir um futuro mais seguro e estável.
O prazo para pagamento da parcela única da primeira parte do 13º salário termina nesta sexta-feira (29). Nesse período, muitos trabalhadores ainda estão indecisos sobre a melhor maneira de utilizar esse recurso extra. Para ajudar a tomar decisões acertadas, o economista Gesner Brehmer compartilhou dicas sobre como empregar o dinheiro de forma eficiente, seja para quitar dívidas, criar uma reserva de emergência ou investir.
De acordo com Gesner, o primeiro passo é avaliar a própria situação financeira.
“Se você está com o nível de endividamento médio ou elevado, a recomendação é priorizar o pagamento das dívidas. Só assim você consegue criar uma base para possibilidades de investimentos futuros. Agora, se sua situação está tranquila, sem grandes endividamentos, vale a pena pensar em investimentos que garantam rentabilidade a longo prazo para assegurar um futuro mais estável para você e sua família”, orienta.
Entre as opções de investimento, o economista destaca alternativas mais seguras, como o Tesouro Direto.
“É possível investir no Tesouro Direto atrelado à taxa Selic ou ao IPCA, que oferecem rentabilidade superior à poupança. Outras opções seguras incluem os títulos de renda fixa privada, como certificados de depósito bancário (CDB), letras de crédito imobiliário (LCI) e letras de crédito do agronegócio (LCA), que além de segurança, são isentos de imposto de renda.”
Para quem busca maior rentabilidade, Gesner sugere fundos de investimento e ações. “Os fundos com foco em ações de diferentes mercados oferecem potencial de ganhos elevados no longo prazo. Já o mercado de ações e a previdência privada podem ser boas alternativas, dependendo do seu perfil e objetivos financeiros, como planejar uma aposentadoria”, explica.
Outro ponto importante é criar uma reserva de emergência. “Mesmo com um bom planejamento financeiro, ninguém está imune a imprevistos. Separar cerca de 5% a 10% do 13º para essa reserva pode ser crucial em situações inesperadas, como problemas de saúde ou emergências familiares”, alerta.
O especialista ressalta que a escolha mais vantajosa entre quitar dívidas ou investir depende da situação financeira individual.
“A prioridade deve ser sempre arrumar a casa primeiro, pagando as dívidas. Depois, caso sobre dinheiro, buscar investimentos que ofereçam rentabilidade no longo prazo. A poupança, por exemplo, já não é mais tão vantajosa no cenário atual do país.”
*Com informações do repórter Robson Nascimento