Educação

Combate ao bullying nas escolas exige atenção de toda a sociedade, alerta psicóloga

Combater o bullying é uma responsabilidade coletiva, que começa com o respeito, a empatia e a atenção no dia a dia das crianças e adolescentes.

07/04/2025 17h42
Combate ao bullying nas escolas exige atenção de toda a sociedade, alerta psicóloga
Foto: Adriana Corrêa/Agência Senado

Nesta segunda-feira, 7 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, uma data que convida à reflexão sobre um dos problemas mais graves e persistentes enfrentados por crianças e adolescentes. A psicóloga Lorena Amorim faz um alerta sobre a complexidade desse tipo de violência e reforça a importância do engajamento de toda a comunidade escolar e familiar na prevenção e no enfrentamento ao bullying.

“É um prazer estar aqui para chamar a atenção sobre essa questão tão importante na nossa sociedade, principalmente nos dias atuais”, afirmou Lorena. Segundo ela, é fundamental entender que a violência, de modo geral, envolve o uso da força ou do poder – seja por meio de uma ameaça ou de sua concretização – que resulta ou pode resultar em sofrimento físico, psicológico ou emocional.

Para a psicóloga, não há uma única causa para o bullying, mas sim uma série de fatores que contribuem para esse tipo de comportamento.

“A gente não pode apontar apenas uma causa simples, mas sim uma complexidade de fatores, sejam eles individuais, como biológicos, a personalidade do indivíduo, a história de vida, mas também fatores emocionais, sociais, culturais e ambientais.”

Apesar de poder ocorrer em diversos espaços sociais, o ambiente escolar é o mais associado ao bullying, caracterizado por comportamentos repetitivos, intencionais e direcionados a um alvo considerado frágil por seus agressores.

“Esses comportamentos podem incluir desde apelidos e insultos até agressões físicas e danos materiais, sempre com o objetivo de constranger, humilhar e causar sofrimento à vítima”, explica.

Lorena também destaca que muitas vítimas não relatam o que estão passando.

“É comum que a criança ou adolescente não comente essas experiências com os professores, com a direção da escola ou até mesmo com seus próprios responsáveis. Por isso, é super importante o papel desses agentes na identificação dos casos.”

Ela orienta pais, professores e responsáveis a ficarem atentos a sinais de alerta, como:

Para ajudar a prevenir essas situações, a escuta ativa e o diálogo constante com crianças e adolescentes são essenciais.

“Os responsáveis podem, sim, ajudar a prevenir a violência no contexto escolar a partir de uma escuta aberta e atenta, acompanhando a rotina escolar, ensinando sobre o respeito às diferenças e incentivando o diálogo sobre sentimentos.”

Por fim, a psicóloga ressalta um ponto importante: o bullying e o cyberbullying são crimes no Brasil, de acordo com legislação atualizada em 2023.

“Isso demonstra a gravidade e a urgência de tratar esse assunto com a seriedade que ele merece.”

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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