Feira de Santana

Centro de Zoonoses intensifica ações contra esporotricose em Feira de Santana

A esporotricose é causada por fungos encontrados em ambientes comuns, como solo e materiais orgânicos em decomposição, e tem maior incidência em gatos.

20/08/2025 06h20
Centro de Zoonoses intensifica ações contra esporotricose em Feira de Santana
Foto: Raylle Ketlly/ Arquivo

Durante a aprovação da frente parlamentar em defesa da causa animal, realizada na Câmara Municipal, um dos pontos de destaque foi o debate sobre a esporotricose, doença zoonótica que preocupa autoridades de saúde em Feira de Santana.

A chefe da Divisão de Controle Epidemiológico, Verena Leal, explicou que o município tem intensificado o trabalho de vigilância e prevenção.

“Nossa unidade de vigilância zoonótica está atenta a todas as zoonoses que têm atingido a população, na perspectiva da saúde única, tanto de humanos quanto de animais. A esporotricose é uma zoonose que tem nos preocupado e a gente tem agido de forma insistente no combate a essa doença”, afirmou.

De acordo com Verena, a esporotricose é causada por fungos encontrados em ambientes comuns, como solo e materiais orgânicos em decomposição, e tem maior incidência em gatos.

“Os felinos gostam de brincar com terra, árvores e materiais orgânicos, e acabam se contaminando. Os fungos ficam embaixo das unhas e, quando os animais se coçam, transferem para a pele, causando lesões que podem evoluir até para formas sistêmicas”, explicou.

A preocupação não se restringe apenas aos animais, já que a doença também pode ser transmitida para humanos.

“É preciso ter cuidado com os nossos animais, mas também atenção à transmissão humana. A unidade de vigilância zoonótica acolhe os animais, realiza exames para diagnóstico e orienta os tutores sobre os cuidados necessários”, destacou.

A participação da comunidade é considerada essencial para o enfrentamento da doença.

“Os tutores e pessoas que alimentam ou acolhem animais precisam notificar a presença de casos suspeitos. Temos uma equipe especializada, com médicos veterinários, que vai até o local para fazer a análise, ou o animal pode ser levado à unidade”, explicou Verena.

Ela reforçou ainda que o combate à esporotricose deve ser entendido como uma responsabilidade compartilhada:

“A esporotricose tem crescido em nosso ambiente, mas é um cuidado coletivo. É preciso atenção com o quintal, com os espaços, com os animais e, principalmente, com a saúde humana.”

*Com informações da repórter Isabel Bomfim

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