Canetinhas emagrecedoras causam flacidez? Especialistas esclarecem polêmica
O problema não está diretamente nas medicações, mas na forma como o emagrecimento é conduzido.
O uso das chamadas canetinhas emagrecedoras, medicamentos injetáveis voltados ao tratamento da obesidade, ainda gera dúvidas e receios entre pacientes, especialmente em relação à possível flacidez da pele após o emagrecimento. O tema foi debatido no quadro Saúde em Pauta, com a participação da nutróloga Dra. Aline Jardim e da biomédica Dra. Deybe Lima.
Segundo a Dra. Aline, o problema não está diretamente nas medicações, mas na forma como o emagrecimento é conduzido.
“Muitas pessoas têm medo de usar as canetinhas emagrecedoras porque acham que vão ficar flácidas e perder massa magra. Mas isso não é verdade. O segredo não está no uso ou não da canetinha, e sim em como o paciente perde peso, sempre com acompanhamento adequado”, explicou.
A especialista ressaltou que no Instituto da Plástica, os pacientes passam por acompanhamento semanal, onde ajustes são feitos em alimentação, suplementação e uso das medicações.
“Eu tenho pacientes que emagreceram usando as canetinhas e conseguiram manter a massa magra. A flacidez é mínima quando o processo é bem conduzido”, afirmou Aline.
A biomédica Dra. Deybe Lima, que integra a equipe do Instituto, destacou que a tecnologia é uma aliada importante para reduzir os efeitos da flacidez.
“Nós avaliamos o grau de flacidez e direcionamos o paciente para os procedimentos mais adequados. Utilizamos desde tecnologias como laser de CO2 e Morpheus, até bioestimuladores de colágeno e fios de sustentação, sempre com protocolos individualizados”, explicou.
Ela destacou que os resultados não são imediatos e que o corpo precisa respeitar o chamado ciclo do colágeno.
“É importante entender que não existe transformação da noite para o dia. O processo de renovação celular leva em média 21 dias, e os resultados vão sendo percebidos progressivamente”, completou.
Durante a entrevista, a Dra. Aline citou o caso de uma paciente que perdeu 27 kg com acompanhamento médico e conseguiu manter a massa magra e a saúde da pele.
“O segredo não é suspender a medicação de uma hora para outra, mas sim manter o acompanhamento. O peso não é o mais importante, e sim o controle do processo metabólico”, reforçou.
Para quem inicia um processo de emagrecimento, a recomendação é começar os cuidados com a pele desde cedo.
“Não espere chegar a um nível avançado de flacidez para procurar ajuda. Existem protocolos simples e minimamente invasivos que previnem e melhoram os resultados”, orientou Deybe.
Dra. Aline complementou destacando que o ganho de massa magra deve ser prioridade:
“Massa magra é saúde. Estimular a musculatura, especialmente das pernas, é fundamental para qualidade de vida e longevidade”, ressaltou.
As especialistas também enfatizaram a importância de preservar a identidade do paciente nos procedimentos.
“Nosso objetivo não é mudar características, mas potencializar o que cada pessoa já tem de bonito, sempre de forma natural”, concluiu Deybe.