Adiamento da votação de reajuste salarial dos servidores gera impasse na Câmara de Vereadores
Durante a sessão, os vereadores governistas se retiraram da Câmara em protesto
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Filho, solicitou o adiantamento da votação do reajuste salarial dos servidores por uma sessão, alegando que o projeto de empréstimo ainda não foi votado.
José Carneiro, líder do governo na Casa, criticou a falta de cumprimento do regimento interno, da lei orgânica e até de determinações judiciais por parte da Câmara.
“Aqui não cumpre regimento interno, aqui não cumpre lei orgânica e agora não cumpre determinação judicial. Tanto que tem uma decisão judicial já para que a presidente da Câmara paute o projeto de autoria do governo municipal e ela não cumpre. Eu recebi um comunicado do executivo e transmiti. A única pessoa que pode falar sobre essa questão é o prefeito, e eu tenho quase certeza que ele está certo. É que existem projetos de autoria do governo aqui na casa, em regime de urgência, e que ainda não foram discutidos, nem aprovados, nem debatidos, e já venceu o prazo e se venceu o prazo, o governo entende que a pauta está trancada.”
Durante a sessão, os vereadores governistas se retiraram da Câmara em protesto. José Carneiro, afirmou ainda que a base do governo fez a sua parte diante da decisão tomada pelo prefeito.
“É uma falta de respeito por parte da vereadora Ermita, nós pedimos um adiamento de pauta por uma única sessão. Depois aparece lá o todo o sabe tudo do PT, com um argumento falho que diz que nós não temos esse direito porque o prazo de seis meses vence antes da votação desse projeto. História, o prazo de seis meses vence no dia seis de abril, são exatamente seis meses antes da eleição, que não pode, de maneira alguma, ter projetos dessa natureza. Então, não tem veracidade o que disse o vereador Silvio Dias e acatado pela Presidente da Câmara, infelizmente.”
Everaldo Vitório, presidente do Sindicato Comunitário de Saúde de Feira de Santana, expressou preocupação com o adiamento da votação, destacando a importância de dar o reajuste antes do prazo final estabelecido.
“Já que ele já tinha sentado antes com a base do governo, deixado tudo acertado, que assim que mandasse por aqui, que passando pelas comissões, seria votado imediatamente. Aí de manhã a gente chegou, conversou com os presidentes das comissões, e seria pautado e votado ainda hoje e agora se abrir essa discussão, que eu acho desnecessária para se votar em outro momento, que pode ser amanhã, quinta, ou a semana que vem. O prefeito só pode dar o reajuste até o dia 5 de abril, estamos preocupados de ficar adiando e chegar a esse momento e ficar inviabilizado de dar o aumento devido à questão da data.”
*Com informações do repórter Robson Nascimento