Saúde

Virose chega “macetando” os foliões ainda durante o carnaval

O aparecimento de viroses após o período momesco é corriqueiro e está relacionada, principalmente, a infecções respiratórias.

21/02/2024 13h41
Virose chega “macetando” os foliões ainda durante o carnaval
Foto: divulgação

Alto verão, aglomeração, noites sem dormir, má alimentação e muitas festas. Combo perfeito para ser mais uma vítima “macetada” pelas diversas viroses que acometem o folião durante e com o final da maior festa de rua do mundo. Como tradição de todo ano, a virose é apelidada com o nome da música destaque do carnaval e este ano não foi diferente. Chamada de Macetando, música de Ivete Sangalo, a virose chegou e deixou muitos foliões de cama.

Por conta da aglomeração e baixa imunidade, diante do alto consumo de bebidas alcóolicas e noites sem dormir, as viroses costumam aparecer logo após as grandes festas. Este ano foi um pouco diferente, diante da coincidência nas datas festivas de dezembro a fevereiro, os sintomas começaram a aparecer ainda durante o carnaval. Muitos foliões chegaram aos postos de saúde com queixas de falta de ar, febre, inflamação na garganta, mal-estar, dores no corpo e de cabeça que “macetaram” aqueles que curtiram as festas de rua e que são capazes de deixar o indivíduo de cama.

A virose do ano trouxe características que lembram a sintomatologia de outra doença bem conhecida e que também está assolando a capital baiana, a dengue. De acordo com o professor Dr. Washington Abreu os sintomas, se não forem tratados de forma correta, podem evoluir para vômitos, diarreias e dores abdominais. “É importante que o folião se hidrate. A hidratação vai ajudar na recuperação, principalmente, daqueles que abusaram da bebida alcoólica”, informou.

Ainda segundo Washington, a proliferação do vírus acontece com facilidade por conta das aglomerações e das mudanças de tempo características do verão. “Esse período do carnaval nós tivemos muitos dias de chuva, mormaço e depois o sol. Isso mexe com o nosso organismo e ajuda na proliferação do vírus e não tem como você curtir o carnaval de máscara. As pessoas que tiverem com a imunidade mais elevada, vão sofrer menos com os sintomas. Já quem curtiu e abusou demais do verão pode ser ‘macetado’ com mais vigor”, brincou Dr. Washigton Abreu, que também é professor no curso de Medicina da Unex, em Feira de Santana.

O alerta fica para os cuidados a serem tomados após o diagnóstico da doença. “Na primeira oportunidade, procure o posto de saúde, mantenha a hidratação, repouso e alimentação leve. As infecções respiratórias podem evoluir para pneumonias e o cuidado tem que ser redobrado nestes casos”, concluiu.

Dengue
Aproveitando o momento de altas temperaturas e chuvas, é importante tomar cuidado com outro transmissor que vem acometendo muitas pessoas. Apesar do grande número de pessoas infectadas com a virose do carnaval, o alto número de infectados pela dengue chama a atenção nos postos de saúde e hospitais.

O professor ainda sinaliza que devemos tomar cuidado com o tratamento dos sintomas da dengue e seguir para atendimento médico especializado, caso o quadro se agrave com o passar dos dias. “Assim como as viroses, as pessoas que estiverem com sintomas de dengue como febre alta, dores nas articulações e atrás dos olhos, manchas pelo corpo e mal-estar, devem procurar os postos de saúde para um rápido diagnóstico e tratamento”.

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