Uso de redes sociais pode prejudicar o desenvolvimento das crianças, alerta psicólogo
O especialista explica como os danos causados à saúde mental podem afetar a formação das crianças.
Diante de tantos casos alarmantes de suicídios e o crescimento no número de diagnósticos de transtornos de atenção e hiperatividade, as redes sociais e a internet têm uma forte influência sobre a vida dos jovens atualmente.
O psicólogo Paulo Henrique Barbosa detalhou em entrevista ao De Olho na Cidade, como o uso irregular de plataformas online podem trazer danos à saúde mental. Nem todas as pessoas têm consciência da responsabilidade de lidar com esses meios e não se atentam as consequências que comentários de ódio, curtidas e alguns conteúdos trazem a longo prazo.
Paulo Henrique explica que nas crianças, o impacto das redes sociais é muito maior, devido ao fato de estarem em fase de desenvolvimento. Elas são mais suscetíveis a determinadas influências que podem causar a perda de memória e capacidade de empatia, impulsividade, agressividade, pensamento superficial e sensação de esvaziamento.
“Você tem um esvaziamento das relações, onde as bolhas que se formam (virtualmente) acabam sendo o seu referencial”, disse o psicólogo reforçando que, os algoritmos funcionam com o objetivo de prender o consumidor e que cada interação online afeta o cérebro de maneiras diferentes.
O afastamento completo das redes é praticamente impossível diante das necessidades sociais. Porém, é possível estabelecer um uso seguro, que evite uma sobrecarga de consumo desses meios. Os pais devem educar os filhos acerca dos riscos e acompanhar o tipo de conteúdo que é consumido pelas crianças.
Barbosa defende que as grandes empresas de redes virtuais devem ser responsabilizadas pelos danos causados a níveis sociais, já que elas sabem a dimensão dos seus efeitos, mas que deve haver um controle pessoal acerca do uso das plataformas.