Saúde

Especialista explica os riscos do câncer de pele que acomete Bolsonaro

Diagnóstico em fase inicial traz boas chances de cura

20/09/2025 06h14
Especialista explica os riscos do câncer de pele que acomete Bolsonaro
Foto: Antonio Augusto/STF

O recente diagnóstico de câncer de pele no ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu o debate sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A dermatologista Rebeka Galvão explicou que o tipo de tumor identificado em Bolsonaro é um carcinoma espinocelular, um dos mais comuns no Brasil e que, quando detectado em fase inicial, tem altas chances de cura.

“O câncer de pele se desenvolve a partir de uma predisposição genética, mas existem fatores de risco, como o fototipo mais baixo – pessoas de pele clara, olhos claros e cabelos claros – e a exposição solar excessiva, principalmente desde a infância, sem a devida proteção”, destacou a médica.

Segundo ela, a principal forma de prevenção é o uso adequado do protetor solar. “É fundamental iniciar o cuidado desde cedo, a partir dos seis meses de vida, e manter o hábito ao longo da infância e da vida adulta. Além disso, é importante evitar a exposição solar entre 9h e 16h, período de maior incidência de radiação ultravioleta”, orientou.

A especialista também reforçou o papel da proteção mecânica, como o uso de chapéus, roupas com proteção UV e óculos escuros. “O protetor solar é indispensável, mas o reforço com barreiras físicas ajuda a reduzir o risco”, completou.

Rebeka explicou que os cânceres de pele se dividem em dois grupos principais: não melanoma, que inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular (tipo diagnosticado em Bolsonaro), e o melanoma, considerado mais agressivo.

“Quando descobertos precocemente, os não melanoma têm cura com tratamento cirúrgico. Já o melanoma, embora mais grave, também tem boas chances de controle se identificado no início”, disse.

A médica alerta para sinais de atenção: “Qualquer mancha que cresce, muda de cor, sangra, forma uma ferida que não cicatriza ou apresenta elevação deve ser avaliada por um dermatologista. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura”, reforçou.

Rebeka finaliza com uma recomendação essencial: “O uso do filtro solar deve ser diário, em todas as estações do ano. E, diante de qualquer lesão suspeita, é fundamental procurar um dermatologista de confiança para avaliação e, se necessário, biópsia”.

*om informações do repórter Robson Nascimento

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