Durante o período das festas juninas, aumenta significativamente o número de pessoas atendidas por queimaduras, principalmente em decorrência do uso inadequado de fogos de artifício e da proximidade com fogueiras. A estomaterapeuta e feridóloga Dra. Áquilla Chahinne, da clínica Dr. Curativos, fez um alerta sobre os riscos e os cuidados necessários nessa época do ano.

“Infelizmente, sempre após o período junino, observamos um aumento de casos de queimados, tanto no serviço público quanto no atendimento particular. Na Dr. Curativos, por exemplo, a demanda cresce consideravelmente em junho e julho”, afirma Dra. Áquilla.

Segundo a especialista, o uso de fogueiras e fogos é uma tradição nordestina que, embora culturalmente forte, eleva o risco de acidentes.

“A gente sabe que há uma média de um milhão de pessoas queimadas por ano no Brasil, e cerca de 100 mil precisam de atendimento médico. Muitos casos não são notificados, o que torna o número real ainda maior”, explica.

Um ponto preocupante é que grande parte das vítimas são crianças e adolescentes.

“A Bahia ocupa o terceiro lugar no Brasil em número de internações pediátricas por queimaduras. Já atendi uma criança de cinco anos que caiu dentro de uma fogueira enquanto brincava. Ela precisou ser internada e ficou sob acompanhamento por um longo período”, relembra.

Dra. Áquilla explica que as queimaduras são classificadas em três níveis de gravidade: superficial (ou de primeiro grau), parcial (ou segundo grau) e profunda (terceiro grau).

“A queimadura de segundo grau é a mais comum nesse período. Ela forma bolhas e atinge as duas primeiras camadas da pele. Dói muito e pode complicar se tratada de forma incorreta em casa. Já a de terceiro grau é mais profunda, pode atingir músculos e ossos, e exige internamento imediato.”

No caso de uma queimadura, a orientação imediata é clara:

“Coloque o local afetado em água corrente por 10 a 15 minutos. Nada de água quente ou morna. Depois, se possível, cubra com uma gaze ou pano limpo e procure atendimento especializado”, orienta.

A especialista também alerta sobre práticas populares perigosas, como o uso de manteiga, pasta de dente, café ou cebola sobre queimaduras.

“Esses produtos caseiros podem agravar a lesão e causar infecção. O que poderia ser simples de cicatrizar, vira uma complicação séria.”

Hoje, clínicas especializadas como a Dr. Curativos contam com tecnologias modernas que reduzem o sofrimento do paciente e aceleram a cicatrização.

“Utilizamos curativos especiais que não aderem à ferida e promovem conforto, além da laserterapia, que estimula a regeneração celular. Temos inclusive curativos que permanecem no local por até sete dias e só são retirados quando a pele já está cicatrizada”, explica Dra. Áquilla.

Ela lembra do sofrimento das crianças no passado, quando os curativos precisavam ser trocados com frequência: “Já vi criança gritar de dor só ao entrar no hospital, sabendo que o curativo seria removido. Hoje, isso mudou.”

Dra. Áquilla reforçou a importância da prevenção:

“A maior parte das queimaduras pode ser evitada com atenção. Desde o manuseio do café até o cuidado com fogueiras, tudo requer vigilância. E se a queimadura ocorrer, evite medidas caseiras e procure um serviço especializado o quanto antes.”

Ela também alertou para um erro comum:

“Jamais rompa bolhas. Isso pode abrir caminho para bactérias e agravar a infecção. Somente em ambiente hospitalar, com técnica adequada, esse procedimento pode ser feito.”

A Clínica Dr. Curativos está localizada na Avenida Getúlio Vargas, 792, Edifício Ícone, 11º andar, Sala 1107 – Feira de Santana. Contato: (75) 99300-9473.