“Otto Alencar lambia as botas do Carlismo”, dispara candidata ao Senado, Tâmara Azevedo
A candidata ao Senado se define como a “única de esquerda”.
Candidata ao Senado baiano pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Tâmara Azevedo, fez parte de movimentos militantes desde a adolescência, liderando atos estudantis desde 1989. Em entrevista conduzida por Jorge Biancchi no Jornal do Meio Dia, a candidata defendeu mais atenção à diversidade.
“Não é possível que tenham na casa alta do Brasil 78% de homens brancos. É um absurdo! Isso não faz com que a democracia avance, mas tira dela a sua principal essência: a representatividade. Eu estou à frente para representar o povo da Bahia”, disse a candidata.
Sendo cientista social e a primeira mulher negra a se candidatar ao senado, Tâmara Azevedo demonstra atenção as pautas em prol dos direitos das mulheres e do movimento negro, além do combate a homofobia.
“A primeira ação que precisamos tomar é acabar com o genócidio da população negra neste estado. Não é possível que todo ano tenhamos o triste troféu de ocupar o primeiro lugar entre os estados que mais matam seus cidadãos. São 30 mil jovens assassinados todos os anos”, explica.
Apesar da presença de candidatos, como o atual senador e candidato, Otto Alencar, que se intitulam como esquerdistas, Tâmara Azevedo se apresenta como “única candidata de esquerda”.
“Parece até piada dizer que Otto Alencar é um candidato de esquerda. Há 34 anos, logo quando comecei a militar, Otto lambia as botas do Carlismo na Bahia, não é possível que nos esqueçamos disso. O PSB não é um partido de esquerda, é do centrão, e em São Paulo está aliado ao bolsonarismo”, explica.
A candidata ainda destaca que Otto Alencar se aliou ao governo Bolsonaro em seus oito anos de permanência no Senado. Tâmara Azevedo considera que o parlamento atual não representa os interesses e as necessidades do povo baiano, atendendo mais aos empresários e negligenciando aqueles em situação de vulnerabilidade social.
“Ficam todos cuidando do próprio umbigo, enquanto o povo está passando fome”. A candidata chama atenção para as redes municipais e estaduais, onde crianças que estavam se alfabetizando em 2019, continuam sem saber ler e escrever até os dias de hoje.