Escolas estaduais utilizam jogos de tabuleiro e de mesa como alternativas ao uso de celulares no ambiente escolar
A iniciativa visa promover um ambiente mais propício ao aprendizado e bem-estar, através de atividades recreativas.
Tendo em vista a aprovação da Lei nº 15.100/2025, que restringe a utilização de aparelhos eletrônicos, como celulares, pelos estudantes nos estabelecimentos públicos e privados de Educação Básica durante as aulas, nos recreios e intervalos, as escolas estaduais estão utilizando jogos de tabuleiro e de mesa como alternativas lúdicas aos dispositivos móveis. A iniciativa visa promover um ambiente mais propício ao aprendizado e bem-estar, através de atividades recreativas.
No Colégio Estadual de Ourolândia, no município de Ourolândia, os estudantes também estão deixando os aparelhos de lado e aproveitando o tempo livre nos intervalos para praticar jogos como dominó, dama, uno e xadrez, disponibilizados pela escola. Além disso, são realizadas rodas de conversa envolvendo dinâmicas de reflexão sobre o uso de celulares e os seus malefícios para a saúde e o aprendizado.
Segundo a coordenadora pedagógica da escola, Natália Silva, a recepção dos jogos foi positiva, tornando o ambiente escolar ainda mais estimulante. “Nós temos observado que os jogos proporcionaram maior interação entre os alunos e esperamos que isso reflita de forma positiva no aprendizado deles e na concentração nas atividades realizadas”, comentou. O estudante Raysllan Ribeiro, 17 anos, 3º ano, finalista na modalidade xadrez nos Jogos Escolares da Bahia (JEB) 2024, aprovou a iniciativa. “Eu achei a ideia muito interessante, pois, além de incluir os alunos, os jogos estimulam habilidades como raciocínio lógico, concentração, estratégia e disciplina”.
Em Matina, o Colégio Estadual de Tempo Integral Grandes Mestres Brasileiros deu início ao Clube de Xadrez, promovendo um espaço para o aprendizado, a estratégia e a concentração. Para os estudantes, o xadrez não é apenas um jogo e sim um exercício de paciência e de tomada de decisões, como disse a estudante Grascianne Borges, 16 anos, 2° ano. “Como alguém que gosta de jogos de tabuleiro, percebo o quão benéfica pode ser a prática. Além de uma alternativa ao uso do celular durante os intervalos, o jogo contribui com o exercício do raciocínio lógico e as interações sociais entre os estudantes”.
No município de Brotas de Macaúbas, o Colégio Estadual de Tempo Integral Papa João I também implementou o uso de jogos, como dama, xadrez e dominó, além de atividades com música. Tais jogos vêm tornando os intervalos mais proveitosos e divertidos para os estudantes.
Material de apoio
No mês de março, o Governo Federal lançou a publicação “Crianças, adolescentes e telas: guia sobre o uso de dispositivos digitais”, com o intuito de promover um ambiente digital mais seguro para as crianças e os adolescentes. No guia são encontradas orientações e ferramentas para lidar com a complexa relação das infâncias e adolescências com o mundo digital. O documento pode ser acessado no Portal do MEC.
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