Wagner defende investigação da PF e diz que oposição usa CPMI do INSS como palanque eleitoral
Senador declarou que o essencial é garantir punição aos envolvidos e o ressarcimento aos aposentados, e não transformar o tema em disputa política.
O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu a atuação da Polícia Federal nas apurações sobre fraudes em descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e criticou a tentativa da oposição de instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o caso. Segundo o parlamentar, a investigação já está em curso e tem sido conduzida de forma eficaz pelos órgãos competentes.
“Quem estourou esse esquema foi a investigação da Polícia Federal”, afirmou Wagner em entrevista a GloboNews. “A oposição quer CPI para quê? Para fazer palanque eleitoral e tentar desgastar [o governo].”
Segundo o senador, o foco deve ser na responsabilização das entidades envolvidas, que teriam atuado de forma fraudulenta. “Quem tem a culpa são os malandros que montaram 11 ou 12 entidades de fachada. Essas entidades são responsáveis por aproximadamente R$ 2,1 bilhões”, disse.
Wagner também reforçou que o governo federal tem tomado medidas para interromper os descontos irregulares e buscar o ressarcimento dos valores desviados. Segundo ele, dez inquéritos foram abertos, e os aposentados prejudicados estão sendo contatados.
“Foi esse governo que enviou o questionário aos aposentados perguntando se reconheciam ou não os descontos. Cerca de 1,5 milhão disseram que não reconheciam. Estamos cobrando dessas entidades a prova da contribuição”, afirmou.
Para o senador, a tentativa de instalar uma CPMI neste momento é redundante. “A investigação está sendo feita, muito bem feita, pela PF e pela CGU. A CPMI quer chover no molhado. Mas tudo bem, vamos deixar começar o ressarcimento e, se acharem que a investigação não está completa, que se monte uma CPI depois. Mas vai lançar mão de quem para investigar? Da própria Polícia Federal.”
Wagner declarou que o essencial é garantir punição aos envolvidos e o ressarcimento aos aposentados, e não transformar o tema em disputa política.
*Com informações Bahia.ba
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