Vigilância Epidemiológica destaca avanços e desafios no combate à dengue
A cidade registrou mais de 7.700 casos de dengue e oito óbitos, com outros quatro casos sob investigação.
Feira de Santana continua com um trabalho intenso no combate à dengue, com a colaboração da população e o empenho das autoridades locais. Em entrevista ao De Olho na Cidade, Carlita Correia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, detalhou as ações em andamento e os avanços no controle da doença. Segundo ela, o apoio da comunidade tem sido essencial para o sucesso das medidas adotadas.
“Feira de Santana segue no mesmo ritmo de trabalho intenso, não somente na conscientização da população, que abraçou essa causa, mas também no enfrentamento das dificuldades que estamos enfrentando desde 2023”, explicou. Ela ressaltou que o município tem investido fortemente em campanhas de conscientização, com ampla divulgação nos meios de comunicação, uma estratégia que tem se mostrado eficaz. “Através de publicidade, conseguimos engajar a população. Porque se não houver água parada, não há mosquito, e sem mosquito, não há dengue, nem chikungunya, nem zika”, afirmou.
O trabalho de campo, com visitas em ruas, praças e unidades de saúde, continua sendo um dos pilares das ações de controle. Além disso, a cidade está se preparando para novos desafios.
“Agora, no dia 12, teremos uma capacitação com o infectologista do Ministério da Saúde para médicos em Feira de Santana. Continuamos com as ações intensificadas, mesmo durante as férias escolares”, comentou Carlita Correia, destacando a importância da manutenção das ações, mesmo em períodos de menor circulação de pessoas.
Em relação aos casos de dengue, a coordenadora afirmou que, embora os números apresentem uma redução, a vigilância continua sendo necessária.
“Hoje, temos um decremento nos casos, mas estamos atentos, porque a qualquer momento esse número pode aumentar. Pedimos à população que, ao sentir os sintomas, procure as unidades de saúde”, alertou. Ela também mencionou que o município recebeu a notícia de que a variante mais grave da dengue, o tipo 2, estava circulando em 2022, o que exige maior vigilância.
Feira de Santana tem se destacado pelo uso de novas tecnologias no combate ao mosquito transmissor da dengue.
“Em 2023, fomos o único município a implementar todas as tecnologias propostas pelo Ministério da Saúde, como armadilhas, trampas e o mapa de calor. Isso tem nos colocado à frente de muitos outros municípios”, disse Carlita, enfatizando o papel inovador da cidade no enfrentamento das epidemias.
Quanto ao panorama atual, a cidade registrou mais de 7.700 casos de dengue e oito óbitos, com outros quatro casos sob investigação.
“Estamos com cerca de sete mil e oitocentos casos até o final de dezembro, e é importante que a população continue vigilante. Durante o período de chuvas, o risco de novos casos aumenta, e precisamos do engajamento de todos”, finalizou a coordenadora.