Vereadores denunciam falta de nomeação de assessores e ausência de direitos básicos na Câmara Municipal
Ambos os vereadores declararam ter tentado dialogar com a presidente da Câmara, mas sem sucesso.
Na sessão desta quinta-feira (05) na Câmara Municipal de Feira de Santana, os vereadores Carlinhos Cabeção e Hélio Barreto relataram dificuldades em exercer seus mandatos devido à falta de nomeação de assessores e à ausência de outros direitos garantidos aos parlamentares.
Carlinhos Cabeção, que assumiu o cargo há 30 dias, afirmou que, apesar de ter enviado a lista de assessores à presidência da Casa, nenhum deles foi nomeado até o momento.
“Eu pedi a lista para nomear os assessores, mas até hoje nada. Isso prejudica muito o nosso trabalho, porque um vereador sem assessoria, infelizmente, não é nada. É um direito meu ter a equipe, mas não vou colocar ninguém para trabalhar sem remuneração”, desabafou.
Além disso, o vereador mencionou que teve que cobrar pessoalmente o acesso a um carro oficial, direito garantido a todos os parlamentares. “Quando cheguei, me disseram que todos tinham direito a um carro. Como sou vereador, também tenho direito, mas precisei insistir para isso ser respeitado”, completou.
O vereador Hélio Barreto compartilhou situação semelhante. Desde sua posse, em 1º de novembro, ele afirma que apresentou a documentação necessária para a nomeação de sua equipe, mas segue sem respostas concretas.
“É sempre ‘hoje, amanhã, depois’, mas até agora nada foi nomeado e, além disso, não tenho acesso ao carro destinado aos vereadores”, relatou.
Sem o veículo oficial, Hélio tem enfrentado dificuldades para se deslocar. “Eu moro na Serraria Brasil e venho de Uber ou andando. Isso tem sido minha rotina”, revelou. Quanto aos assessores que já o ajudam, ele afirmou que todos estão conscientes da situação, mas que seguem sem a remuneração devida.
Ambos os vereadores declararam ter tentado dialogar com a presidente da Câmara, mas sem sucesso. “Ela diz que vai resolver, que será pago, que as nomeações acontecerão, mas nada foi feito até agora”, explicou Hélio Barreto.
Para Carlinhos Cabeção, a falta de estrutura afeta diretamente sua capacidade de atender às demandas da população. “Eu preciso da minha equipe. São várias cabeças pensando juntas que fazem o trabalho do vereador acontecer”, concluiu.
Até o fechamento desta matéria, a presidência da Câmara não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso.
*Com informações do repórter Robson Nascimento