Vereador alerta sobre dificuldades enfrentadas pela APAE de Feira de Santana
A situação se agrava ainda mais quando se trata da alimentação dos assistidos pela APAE.
Durante sessão da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta quinta-feira (29), o vereador Emerson Minho trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do município. Em entrevista ao De Olho na Cidade, o vereador detalhou os problemas enfrentados pela instituição e as consequências desse cenário para a comunidade.
“A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Feira de Santana enfrenta uma crise financeira que tem impactado diretamente em seus projetos e serviços. Desde 2022, a prefeitura não tem repassado os recursos necessários para a entidade, deixando em espera diversas iniciativas importantes. O montante referente às emendas impositivas do ano passado, que totalizam mais de R$ 415 mil, ainda não foi repassado, assim como os recursos de 2023, que ultrapassam a marca de R$ 1 milhão e o pior é que a APAE conta com um contrato firmado com o Ministério da Saúde no valor de R$ 1 milhão, porém, desde outubro do ano passado, esse montante não foi repassado pela prefeitura, responsável por intermediar os repasses através do Fundo Municipal de Saúde.”
Segundo o vereador, essa situação tem gerado dificuldades para a APAE, que não consegue expandir seus atendimentos conforme o necessário.
“A falta desses recursos tem afetado diretamente os atendimentos prestados pela APAE, que não consegue expandir seus serviços conforme o planejado. Mesmo sendo papel do Poder Público garantir esses serviços, a APAE tem sido forçada a assumir essa responsabilidade, causando um desequilíbrio em suas finanças. A APAE já está reduzindo o atendimento e a fila de espera é de mais de 2 mil crianças.”
A situação se agrava ainda mais quando se trata da alimentação dos assistidos pela APAE. Com a mudança da Pedagogia Aplicada à Inclusão (PAI) para uma escola especializada, a entidade deixou de receber recursos para a merenda escolar.
“A secretária de Educação falou que a APAE agora saiu da escola regular para ser escola especialista, com meninos especiais, por isso não vai receber alimentos em recurso do alimento para a APAE. Essa decisão, segundo ele, coloca em risco a merenda escolar das mais de 425 crianças atendidas pela instituição.”, explicou o vereador.
Diante desse cenário, o vereador Emerson Minho buscou a intervenção do líder do governo, José Carneiro (MDB), para que a prefeitura faça os repasses devidos à APAE. José Carneiro, garantiu que se disponibiliza a tentar uma solução referente à alimentação e aos repasses de recursos da entidade. “Se está com os recursos, tem que pagar”, afirmou.
Informações: ASCOM Câmara / Repórter Robson Nascimento