Vereador alerta para situação crítica do meio ambiente em Feira de Santana
O parlamentar destacou a grave situação dos recursos hídricos da cidade, especialmente do Rio Jacuípe e das lagoas, e cobrou medidas urgentes para conter a poluição e ocupações irregulares.
A preservação ambiental em Feira de Santana foi tema de uma entrevista no Programa Cidade em Pauta com o vereador Ismael Bastos (PL), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal. O parlamentar destacou a grave situação dos recursos hídricos da cidade, especialmente do Rio Jacuípe e das lagoas, e cobrou medidas urgentes para conter a poluição e ocupações irregulares.
“A situação é dramática. Nossos rios estão muito poluídos e, ao assumir a Comissão de Meio Ambiente, em parceria com o vereador Jurandy Carvalho, fizemos um levantamento que revela uma grande quantidade de lixo no Rio Jacuípe. Encontramos de tudo: geladeiras, sofás, fogões, animais mortos, garrafas PET. Precisamos chamar atenção para isso”, afirmou.
O vereador ressaltou que a Câmara não tem poder executivo para implementar medidas diretas, mas pode provocar as autoridades para que providências sejam tomadas.
“A água é um recurso limitado. Se não cuidarmos agora, pode se tornar imprópria para uso. Ainda há tempo de salvar o Rio Jacuípe”, pontuou.
Ocupações irregulares em lagoas
Outro ponto abordado na entrevista foi a ocupação irregular de áreas de lagoas na cidade, como a Lagoa Salgada, que está sendo aterrada para construção de moradias.
“Isso é um absurdo. Temos casas sendo construídas dentro da lagoa, e o poder público precisa agir. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já tem conhecimento da situação e medidas serão tomadas. Não há necessidade dessas pessoas permanecerem ali, e a solução passa pela prioridade no sorteio das casas do programa Minha Casa Minha Vida”, destacou.
O vereador defendeu o uso de tecnologia para fiscalizar melhor as áreas de preservação.
“A equipe da secretaria é pequena, mas sugeri que fossem adquiridos drones para monitoramento das lagoas e rios. Com um drone, é possível registrar invasões e despejo de materiais de construção em tempo real, permitindo uma ação rápida da Prefeitura antes que o problema se agrave”, explicou.
Conscientização da população
Ismael Bastos também ressaltou a importância da participação popular na preservação ambiental.
“A geladeira não anda sozinha até o rio. Alguém jogou lá. A população precisa entender que jogar lixo na rua afeta diretamente os recursos hídricos. Esse lixo vai parar nos rios e lagoas, poluindo a água que consumimos”, alertou.
Ele ainda deixou um pedido às autoridades e à sociedade. “Precisamos de mais campanhas educativas e do envolvimento de todos. Empresas, moradores e governantes devem unir esforços para evitar a degradação ambiental. Se não agirmos agora, a natureza vai cobrar depois”, finalizou.