Bahia

Vendas do varejo baiano crescem de junho para julho de 2024

A Bahia teve um avanço idêntico ao registrado no Brasil como um todo, onde as vendas também cresceram 0,6%, e a 12ª maior taxa, segundo IBGE

13/09/2024 10h30
Vendas do varejo baiano crescem de junho para julho de 2024
Foto: Jorge Magalhaes

Em julho de 2024, as vendas do varejo na Bahia registraram aumento de 0,6% frente a junho, depois de terem apresentado queda de 2,9% na passagem de maio para junho, na comparação livre de influências sazonais (que desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como Natal, Dia das Mães etc.).

A Bahia teve um avanço idêntico ao registrado no Brasil como um todo, onde as vendas também cresceram 0,6%, e a 12ª maior taxa, num contexto em que 15 dos 27 estados mostraram resultados positivos, liderados por Tocantins (6,7%), Piauí (3,5%) e Paraíba (3,0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

Na comparação de julho/24 com julho/23, o resultado das vendas do varejo na Bahia também seguiu positivo (2,8%), contabilizando o 21º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (mantém-se em alta desde novembro/22).

Foi, porém, somente o 21º aumento mais expressivo entre os estados, ficando abaixo do índice nacional (4,4%). Das 27 unidades da Federação, 25 tiveram altas nessa comparação, lideradas por Tocantins (18,1%), Paraíba (18,0%) e Piauí (16,4%).

Com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, de janeiro a julho de 2024, um crescimento acumulado de 8,2% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior. O estado tem o 5º maior aumento acumulado entre os 27 estados, ficando acima do registrado no país como um todo (5,1%).

Dos 27 estados, 26 mostraram resultados positivos nessa comparação, com Amapá (17,2%), Paraíba (10,9%) e Tocantins (10,4%) registrando os melhores índices. Nos 12 meses encerrados em julho, as vendas do varejo baiano também sustentam o 5º melhor resultado do país, com crescimento de 6,8%, superior ao indicador nacional (3,7%). Tocantins (9,8%), Maranhão (8,7%) e Ceará (8,4%) apresentaram os melhores resultados nessa comparação.

Em julho, vendas cresceram em 5 das 8 atividades do varejo baiano; alta nos supermercados foi a que mais puxou o avanço geral.  Em julho, na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023.

Novamente, os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,3%) foram o segmento que mais influenciou positivamente o resultado geral do setor, apesar de terem tido somente a 5ª maior taxa de crescimento, já que a atividade tem o maior peso na estrutura do varejo restrito no estado. Este foi o 14º avanço consecutivo nas vendas dos supermercados na Bahia, que apresentam alta acumulada de 11,1% no ano de 2024.

A segunda principal influência positiva na alta do varejo baiano em julho veio dos tecidos, vestuário e calçados (8,7%), que tiveram a terceira maior taxa de crescimento. A atividade cresceu pelo quarto mês consecutivo e passou a registrar alta das vendas no acumulado no ano: 1,2%.

A atividade com o aumento mais expressivo das vendas em julho, frente ao mesmo mês do ano anterior, foi a de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,9%, a 16ª alta mensal consecutiva). O segmento também apresenta o maior avanço acumulado no ano de 2024, na Bahia: 13,7%.

Entre as 3 atividades com recuos nas vendas, na comparação entre julho 23/julho 24, os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-77,1%), que voltaram a cair após três meses em alta, tiveram a retração mais intenso e deram a maior colaboração negativa para o setor, no mês. Foi a maior queda para o segmento na Bahia em toda a série histórica da PMC, iniciada em 2005.

As vendas de combustíveis e lubrificantes (-4,9%) tiveram a segunda principal influência negativa no resultado geral do varejo baiano em julho, mostrando a 3ª retração consecutiva. Já a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria (-31,1%) caiu no estado pelo 18º mês consecutivo.

Vendas do varejo ampliado baiano recuam frente a junho/24, mas crescem em relação a julho/23

Em julho de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano apresentaram queda (-0,8%) frente a junho, na série livre de influências sazonais. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo, nessa comparação e o 5º pior do país no mês, ficando abaixo do índice nacional, que teve leve variação positiva (0,1%).

Por outro lado, na comparação com julho de 2023, o varejo ampliado baiano apresentou alta (7,0%) pelo 14º mês consecutivo, tendo o 16º melhor resultado entre os 27 estados, em um índice levemente inferior ao do país como um todo (7,2%).

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

Frente a julho de 2023, as três atividades tiveram altas nas vendas: veículos (23,8%, 4º crescimento seguido), material de construção (18,6%, 14º crescimento seguido) e atacado de alimentos (2,8%, 1º crescimento após 4 meses em queda).

No acumulado de janeiro a julho de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano cresceram 7,9%, ficando acima do índice nacional (4,7%), e sendo o 6º maior avanço entre os estados. Nos 12 meses encerrados em julho, o setor acumula alta de 6,6% nas vendas, também acima do Brasil como um todo (3,8%) e apresentando o 7º melhor resultado entre as 27 unidades da Federação.

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