Vacinação é cuidado coletivo: médico reforça importância de manter o calendário em dia e combater os mitos
O Brasil chegou a perder o certificado de país livre do sarampo por causa da baixa cobertura vacinal, mas, com campanhas de conscientização, o país reconquistou o reconhecimento em 2022.
No quadro Unex Profissões desta semana, o convidado foi o médico e professor do curso de Medicina da Unex, Dr. Marcos Felipe, que destacou a importância da vacinação em todas as fases da vida, a necessidade de combater os mitos que envolvem o tema e o papel fundamental dos profissionais de saúde na promoção da imunização.
“Vacinação é uma das estratégias de saúde pública mais eficazes que existem”, afirmou Dr. Marcos. Segundo ele, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) orienta um calendário vacinal desde o nascimento até a terceira idade, com o objetivo de prevenir doenças evitáveis. “A vacina é um instrumento de prevenção que ajuda a manter o controle dessas doenças na população”, completou.
Mitos prejudiciais à saúde
Durante a entrevista, o médico chamou atenção para os perigos dos boatos infundados que cercam as vacinas.
“Na prática de consultório, ouvimos que vacinas causam autismo, demência ou até doenças mais graves que o próprio vírus. São mitos esdrúxulos, sem base científica”, alertou.
Ele reforçou que a melhor forma de combater essas desinformações é por meio da educação em saúde: “Momentos como esse, entrevistas, redes sociais, ações em consultórios e campanhas são fundamentais para informar a população com responsabilidade”.
Atuação da Unex e compromisso com a prevenção
Dr. Marcos também explicou como o curso de Medicina da Unex atua na formação de futuros profissionais alinhados ao compromisso com a saúde pública.
“Os alunos chegam às práticas com a teoria afiada sobre a caderneta de vacinação. A faculdade promove semestralmente campanhas de vacinação dentro do campus, com vacinas ofertadas para adultos, tanto para estudantes quanto para funcionários”, detalhou.
Além das campanhas práticas, a Unex também realiza ações de conscientização e palestras voltadas à comunidade acadêmica.
“É um compromisso forte com a prevenção em saúde. E temos tido sucesso graças a esse engajamento”, pontuou.
Como aumentar a adesão à vacinação?
Para o professor, duas estratégias são decisivas para melhorar os índices vacinais: informação e acesso.
“Educação em saúde é a principal. Precisamos combater os mitos com dados e exemplos. A segunda é facilitar o acesso: vacinas disponíveis em todas as unidades, com horários amplos e sem necessidade de agendamento, como já acontece em muitos municípios”.
Ele também destacou o papel das lideranças sociais no incentivo à vacinação e a responsabilidade dos profissionais de saúde em dar o exemplo.
“Temos que estar com a vacinação em dia e incentivar os nossos familiares também. O exemplo arrasta”, disse.
Vacinar é um ato coletivo
Dr. Marcos Felipe deixou uma mensagem direta aos ouvintes: “Vacinar é um ato de cuidado individual e coletivo. Quando a população adere à vacinação, conseguimos reduzir a circulação de vírus e bactérias, diminuindo a gravidade e até a incidência de várias doenças”.
Ele lembrou ainda que o Brasil chegou a perder o certificado de país livre do sarampo por causa da baixa cobertura vacinal, mas, com campanhas de conscientização, o país reconquistou o reconhecimento em 2022.
“A vacina tem respaldo científico, é segura, eficaz e salva vidas. Precisamos estar sempre atentos, com o calendário vacinal atualizado e prontos para combater a desinformação”, concluiu.