Úlcera Venosa: Especialista explica as causas e a importância do diagnóstico precoce
80 a 90% das úlceras nos membros inferiores são de origem venosa.
O tratamento de feridas, especialmente as úlceras venosas, tem ganhado atenção crescente devido à gravidade dos casos e à importância do diagnóstico precoce. Em entrevista ao programa Cidade em Pauta, Áquila Chahinne, especialista em tratamento de feridas e estomaterapeuta, destacou o impacto das úlceras venosas na saúde de muitas pessoas, especialmente aquelas com predisposição genética, sobrepeso ou que trabalham em pé por longos períodos.
“80 a 90% das úlceras nos membros inferiores são de origem venosa. Elas são mais comuns em mulheres, mas homens também podem ser afetados. A insuficiência venosa, que começa com varizes e pode evoluir para úlceras graves, é uma das principais causas”, explicou a Dra. Áquila Chahinne.
As úlceras venosas começam com a dilatação dos pequenos vasos, conhecidos como telangiectasia, e podem evoluir para varizes calibrosas, tortuosas e até inchaço nos membros inferiores.
“Essas varizes causam dores e, quando não tratadas, levam ao acúmulo de sangue e líquidos nos tecidos, o que pode resultar em feridas abertas difíceis de cicatrizar”, detalhou.
Além da predisposição genética, fatores como a obesidade, a falta de atividade física, o sedentarismo e o trabalho prolongado em pé ou sentado contribuem para o desenvolvimento da insuficiência venosa e, consequentemente, das úlceras.
“A falta de movimentação e o aumento do peso corporal são fatores que favorecem o desenvolvimento dessa condição. Mesmo quem não apresenta sintomas graves pode estar em risco”, alertou.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a úlcera venosa se torne uma ferida crônica. A Dra. Áquila destacou que a prevenção envolve o tratamento das varizes, o acompanhamento com um especialista vascular e o uso de meias de compressão.
“Quando o paciente já apresenta sintomas, é importante procurar tratamento especializado. A terapia compressiva, por exemplo, ajuda a reduzir o acúmulo de líquidos e facilita o retorno sanguíneo ao coração, prevenindo a formação da úlcera”, explicou.
Ela também mencionou a importância de um cuidado contínuo com a pele, especialmente para quem já apresenta feridas. “A limpeza correta e a remoção de resíduos são essenciais para evitar infecções e complicações”, afirmou.
O tratamento da úlcera venosa inclui, além da terapia compressiva, o uso de laserterapia, que ajuda a reduzir a inflamação e controlar o inchaço.
“A laserterapia tem mostrado resultados positivos, acelerando a cicatrização e reduzindo o tempo de recuperação”, disse a especialista. Porém, ela alertou que, sem tratamento adequado, as úlceras podem levar meses ou até anos para cicatrizar.
A Dra. Áquila também enfatizou o papel do paciente no processo de recuperação. “O sucesso do tratamento depende muito dos cuidados diários. A elevação do membro, o repouso e a adoção de uma alimentação saudável são fundamentais para acelerar a cicatrização”, concluiu.
Se não tratada corretamente, a úlcera venosa pode levar a complicações graves, como infecções severas e até amputações. “A infecção pode se espalhar e afetar outros órgãos, o que aumenta o risco de óbito. Por isso, é essencial que o paciente busque ajuda médica assim que identificar os primeiros sinais”, alertou.
A Dra. Áquila Chahinne atende na Dr. Curativos, que oferece um atendimento especializado, desde a prevenção até a cicatrização, com um cuidado especial voltado para pacientes diabéticos e acamados. A clínica está localizada no Edifício Ícone, na Avenida Getúlio Vargas, 792, no 11º andar, sala 1107, e você pode entrar em contato pelo telefone (75) 9 9300-9473.
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