Uefs se manifesta com ‘pesar e repúdio’ após confirmação da morte de Dom Phillips e Bruno Pereira
Nota foi publicada no site da instituição
A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) emitiu uma nota se manifestando com pesar e repúdio sobre a confirmação da morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira.
Ao lamentar o assassinato de Bruno e Dom, a Uefs também recordou e lamentou as tantas vidas de indígenas e defensores da floresta e dos povos originários ceifadas nos últimos anos. Confira a nota na íntegra:
A Universidade Estadual de Feira de Santana vem a público manifestar pesar e repúdio ao bárbaro assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira enquanto estavam na área indígena do Vale do Javarí, no Estado do Amazonas. Ato contínuo, defende que as autoridades competentes realizem uma investigação rigorosa, que identifique e puna na forma da lei os responsáveis por esse crime hediondo.
Estes assassinatos não podem ficar na impunidade, condição que tem sido uma forte motivação para que grileiros de terras, garimpeiros ilegais, madeireiros e diversas formas de crime organizado se sintam à vontade para ceifar as vidas de muitos ativistas que defendem a Amazônia, a sua sociobiodiversidade e os povos da floresta.
A UEFS faz coro, ainda, com todas as pessoas da sociedade, as entidades de classe, o movimento ambientalista, as representações dos povos indígenas e agentes políticos que denunciam o enfraquecimento proposital, pelo Governo Federal, das estruturas de fiscalização e proteção ambiental e coibição de crimes ambientais. Esse desmonte da estrutura do Estado na Amazônia contribui para a pilhagem dos recursos e destruição da Amazônia e para a aplicação de uma brutal violência do capitalismo predatório contra os povos indígenas, os agricultores, os ambientalistas, e profissionais da imprensa.
Que a perda de Dom e Bruno seja uma força catalisadora para o fortalecimento da luta pela preservação da Amazônia, pelo respeito aos direitos, tradições e sistemas de vida dos povos da floresta, e pelo fim da impunidade e da violência.