Política

“Trump ligou e disse: ‘Lulinha, pintou um clima entre nós’”, brinca Lula

Lula afirmou que foi criticado por não adotar uma postura submissa em relação ao governo americano.

10/10/2025 06h52
“Trump ligou e disse: ‘Lulinha, pintou um clima entre nós’”, brinca Lula

Durante o evento de retomada das obras do Estaleiro do Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou, em tom descontraído, um episódio envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em meio a reflexões sobre autonomia, respeito e soberania nacional, Lula afirmou que foi criticado por não adotar uma postura submissa em relação ao governo americano.

“Quando o presidente Trump resolveu visitar o Brasil, o vira-lata desse país queria que eu rastejasse atrás do governo americano e eu aprendi com uma mãe analfabeta que a gente nunca deve baixar a cabeça. Se o pobre baixa a cabeça, eles colocam as cascalhas e vocês nunca mais vão levantar”, disse.

O presidente defendeu que o respeito internacional começa pela autoestima e dignidade do povo brasileiro.

“Ninguém respeita quem não se respeita. Se vocês quiserem ser respeitados, aprendam a se respeitar primeiro. Porque se vocês não se respeitarem, ninguém vai respeitar vocês”, afirmou.

Em seguida, Lula relembrou o contato com Donald Trump.

“O presidente Trump, que parecia ser meu inimigo número um, me ligou numa segunda-feira e disse: ‘Lulinha, pintou uma química entre nós, vamos conversar, vamos discutir’. Eu gostei. Porque eu aprendi a gostar de gente. Não sou daqueles que acham que existe ser humano cem por cento bom ou cem por cento ruim. A gente precisa aprender a extrair o que há de bom nas pessoas.”

O petista também fez uma analogia com o próprio povo brasileiro, dizendo que sua força vem da conexão com as pessoas simples.

“Eu gosto de vocês sabe por quê? Porque eu não sou eu. Eu sou vocês. Quando dizem que eu sou invencível, é porque eles sabem que derrotar um homem é fácil. Derrotar dois é mais difícil. Derrotar três é mais difícil ainda. Derrotar alguém que tá vivo é mais difícil. Agora, derrotar um milhão é quase impossível. E derrotar uma nação inteira é impossível. Por isso eles sabem do respeito que eu tenho pelo povo brasileiro.”

Com informações do repórter André Silva

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