Troca de figurinhas da Copa diverte colecionadores e fãs do esporte
Colecionadores brincam e procuram as figurinhas raras
É hora do almoço e crianças e adultos aguardam o momento de trocar ou comprar as figurinhas do álbum da Copa do Mundo do Qatar, lançado em agosto deste ano. Um shopping do bairro Anália Franco, na Zona Leste de São Paulo reúne, todos os dias, cerca de duzentos entusiastas, que se encontram das 10h às 22h para completar a coleção.
As crianças gostam do jogo do bafo, recreativo, muito comum entre os colecionadores de figurinhas. O jogo consiste em dar uma batida com a mão sobre uma área plana onde são colocadas as figurinhas, uma em cima da outra. O objetivo é ganhar figurinhas dos outros jogadores.
O estudante Bernardo Vedovato, de 10 anos, esperava outras crianças para jogar bafo. Ele está no seu segundo álbum – desta vez o álbum de capa dourada – e procura a figurinha número 19, do jogador Kylian Mbappé, da França. “É a primeira vez que a gente está vindo com esse álbum, o outro completei aqui, na troca. Espero terminar antes da Copa”, adianta o garoto.
Bernardo, que está na 5ª série, diz também que está confiante na seleção brasileira de futebol. “Quem vai ganhar é o Brasil!, né?” A mãe do estudante, Bárbara Vedovato, diz que o incentiva a colecionar, mas considera importante a troca e a brincadeira. “Só não concordo em comprar as figurinhas raras, que são caras”.
Mas Bernardo não vai precisar se preocupar com isso, já que, nos dois álbuns, já tem a figurinha do Neymar, uma das mais raras e desejadas pelos colecionadores, que chegam a pagar até R$ 500 por uma figurinha do jogador da camisa 10 da seleção brasileira.
O autônomo Lucas Moreira Felix, de 21 anos, concilia o hobby de colecionar as figurinhas com a oportunidade do momento. No momento, ele tem nas mãos as figurinhas mais cobiçadaspara vender: Messi, Cristiano Ronaldo, Mbappé e Neymar. “Está saindo bastante mesmo, e elas estão custando na faixa de R$ 500 a principal, a ouro. A prata vendo a R$ 350, a bronze R$ 250 e a bordô R$ 150”.
Vendas nas bancas
O interesse em completar o álbum atrai crianças, adolescentes, adultos e idosos e movimenta as bancas de jornais de forma significativa, como concluiu uma pesquisa feita pela Cielo. Segundo a empresa de tecnologia e serviços, houve uma elevação de 347% no lucro das bancas de jornais e revistas após o lançamento do álbum.
Com auxílio do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o número foi resultado de uma comparação entre os valores adquiridos nos meses de agosto e setembro do ano passado e deste ano.