Feira de Santana

Transtornos alimentares tem relação com ansiedade, explica especialista 

“Em um processo de ansiedade, quando o cérebro está todo tensionado”

21/08/2022 07h49
Transtornos alimentares tem relação com ansiedade, explica especialista 

De acordo com dados da Associação Americana de Psiquiatria, cerca de 3% da população mundial sofre com o transtorno de compulsão alimentar. Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, apresentado por Jorge Biancchi, a nutricionista Dra. Geralda Rodrigues salientou que problemas com ansiedade podem ser um dos causadores.

“Em um processo de ansiedade, quando o cérebro está todo tensionado, nós vamos em busca de uma zona de prazer imediata,onde não tenhamos perda de energia”, explica a profissional.

A compulsão alimentar é caracterizada pela necessidade de comer, mesmo sem apetite, muitas vezes como forma de aliviar sentimentos negativos, e em excesso. Além de sinalizar um problema de saúde mental, o transtorno pode levar a doenças como diabetes, ou aumento de peso disfuncional.

“É uma bola de neve, que vai crescendo ao longo do tempo, e se a pessoa não tiver consciência que a ansiedade é a causadora, não tem como seguir em frente”, pontua. 

É necessário que o problema seja mapeado de forma abrangente, não só tendo consciência da ansiedade, mas do contexto em que ela é manifestada. Em casos graves, pacientes podem chegar a desenvolver problemas com obesidade.

Mesmo crianças e adolescentes, abaixo de 15 anos, já demonstram sintomas do transtorno desde novinhos. A convivência entre pais e filhos é uma das ações que levam a esse tipo de problema, pois com a rotina do dia a dia, pouco tempo sobra para a família se reunir e prestar atenção em pequenos detalhes. 

“Os mais novos têm se movimentado muito pouco, ficam muito tempo em frente às telas, e tem sono comprometido. Esse perfil leva a desequilíbrios hormonais, e sem intervenção rápida, pode levar a um adulto doente”.

A intervenção não deve ser feita apenas pelo nutricionista, mas também por amparo psicológico com participação familiar e mudanças de hábitos coletivas: “Se o adolescente não tiver esse tratamento feito em família, ele é um forte candidato para cirurgias bariátricas de insucesso posterior, pois mesmo com a perda de pessoa, a ansiedade não foi tratada. Então ele vai emagrecer, mas assim que ele conseguir voltar a comer e sentir ansiedade, o ganho de peso retorna ”.

Alguns sinais de alerta podem ser percebidos, exemplo, se a pessoa come muito rápido, não se atenta a mastigação, fora de hora e sem ter fome, tem a necessidade de comer alimentos calóricos após momentos de estresse, continua comendo mesmo depois da saciedade, sente culpa após se alimentar, às vezes até passa mal após a refeição.

A nutricionista destaca que, além de um profissional de nutrição, é recomendável que todos procurem psicoterapias para tratamento da saúde mental, e mantenha uma rotina de exercícios físicos. A Dra. Geralda Rodrigues pode ser contatada no Instagram: @drageraldadiasrodrigues.

Comentários

Leia também

Feira de Santana
Após morte de quatro pessoas em situação de rua, Arquidiocese de Feira emite nota de repúdio

Após morte de quatro pessoas em situação de rua, Arquidiocese de Feira emite nota de repúdio

O documento, que repercute o assassinato de quatro moradores em situação de rua nos últimos...
Feira de Santana
Advogado é reconduzido à Procuradoria Geral do Município

Advogado é reconduzido à Procuradoria Geral do Município

Guga ressaltou o trabalho realizado na Procuradoria, apontando a redução no número de...
Feira de Santana
Centro de Cultura Maestro Miro passa por reforma completa

Centro de Cultura Maestro Miro passa por reforma completa

Com investimento de R$ 550 mil, melhorias vão oferecer mais conforto e acessibilidade...