Tragédia no Rio Grande do Sul: Frade Capuchinho relata desafios durante resgate
Alguns freis ficaram presos em uma área inundada, onde relataram ter ouvido pedidos de socorro durante a noite, enquanto a água subia rapidamente.
Durante as recentes enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o Frei Luis Carlos Susin, frade capuchinho e teólogo, relatou as dificuldades vivenciadas por seus companheiros em meio às enchentes que devastaram a região. Alguns freis ficaram presos em uma área inundada, onde relataram ter ouvido pedidos de socorro durante a noite, enquanto a água subia rapidamente.
Os freis, resgatados de Canoas, onde jovens estudantes de teologia buscavam formação, foram deslocados para Porto Alegre. Apesar das dificuldades, conseguiram improvisar abrigos temporários nas salas de catequese, acima do nível da água. O resgate foi realizado quando a água ameaçava alcançar esses abrigos improvisados, com os freis sendo os últimos a serem retirados do local.
No entanto, muitos perderam tudo o que tinham, incluindo pertences pessoais, equipamentos e recursos das paróquias. A cidade está lidando com as consequências dessa tragédia, com atos de solidariedade.
Como menciona o frei Luis Carlos Susin em seu relato, em momentos extremos como este, as emoções primordiais se sobrepõem à razão, revelando o verdadeiro caráter das pessoas diante da adversidade. Um estudante resumiu a agonia vivida: “morrer não deve ser muito ruim, mas ruim é ver que a morte está se aproximando junto com a água que vem subindo”.