Feira de Santana e Sua História

Tomba e Campo Limpo são os bairros mais antigos de Feira, diz historiador

Em entrevista à série de reportagens “Feira de Santana e sua História”, Cloves explicou que o bairro Calumbi também está entre os mais antigos da cidade. 

09/09/2022 11h00
Tomba e Campo Limpo são os bairros mais antigos de Feira, diz historiador

Kleiton Costa

Figurando entre os bairros de maior população em Feira de Santana, o Tomba e o Campo Limpo são os mais antigos da cidade, de acordo com registros em documentos históricos. Segundo o historiador e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Cloves Ramaiana, os registros relativos ao Tomba são do século 19. Já os do Campo Limpo são do período entre os séculos 19 e 20.

Em entrevista à série de reportagens “Feira de Santana e sua História”, Cloves explicou que o bairro Calumbi também está entre os mais antigos da cidade.  O crescimento dele foi em torno na Rua Tomé de Souza. “Costumamos chamar de Rua Nova, Feira IX ou Morada do Sol. Na verdade, tudo compõem o bairro Calumbi. Esse é um tipo de nascimento de bairro [através de uma via de trânsito]. Através da Tomé de Souza, vai-chegando ao bairro”.

Ainda de acordo com o historiador, o bairro tinha nas suas imediações uma fazenda da família Carneiro e uma comunidade quilombola (com remanescentes de escravos). 

“O bairro é o crescimento da cidade para além dos ‘muros’. Chegam populações ou a cidade vai crescendo em direção àquela população pré-existente”, explicou o professor Ramaiana.

Já o bairro Aviário nasceu nos anos 1930, quando havia a ideia de montar um aviário modelo. Lá havia treinamento para futuros trabalhadores do setor de avicultura. “Tinha vários equipamentos desse modelo aqui em Feira. A partir dos trabalhadores dali passou-se a organizar o bairro”, disse o professor.

Um dos momentos de maior crescimento na população de Feira aconteceu nas décadas de 50 e 60, com o bairro Asa Branca. Ele desenvolve-se como bairro a partir de um loteamento de trabalhadores. “É um bairro que surgiu na primeira ‘explosão’ habitacional em 1950. Veio muita gente que era chamada de nortista: pernambucanos, sergipanos e paraibanos, forçados pelas situações de seca e outras situações ruins dos seus locais de origem”, relatou Clóves. 

Os conjuntos habitacionais também impulsionaram a expansão urbana da cidade. A partir deles, grandes bairros foram criados, que desenvolveu o comércio e o setor imobiliário desses locais. É o caso do bairro Cidade Nova, inicialmente um conjunto de trabalhadores da antiga Fazenda Mangabeira. Hoje o local tem um grande número de estabelecimentos comerciais – lojas, bares, agências bancárias e casas lotéricas.

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