Bahia

TCE aprova proposta e construção da ponte Salvador-Itaparica custará mais de R$ 10 bilhões

O novo valor fica consideravelmente abaixo dos R$ 13 bilhões que estavam sendo pedidos pelo consórcio logo após o período pandêmico

12/02/2025 06h56
TCE aprova proposta e construção da ponte Salvador-Itaparica custará mais de R$ 10 bilhões
Foto: Assessoria/TCE

O TCE (Tribunal de Contas do Estado da Bahia) aprovou, por unanimidade, em sessão plenária nesta terça-feira (11), a proposta de mediação dos impasses entre o Governo do Estado e a Concessionária Ponte Salvador-Itaparica para a elaboração em torno contrato para a construção da ponte.

Os conselheiros avaliaram o novo valor global do contrato de R$ 7 bilhões para R$ 10,42 bilhões, que foi aprovado após os votos favoráveis dos sete membros do TCE.

O novo preço da ponte fica consideravelmente abaixo dos R$ 13 bilhões que estavam sendo pedidos pelo consórcio logo após o período pandêmico. O Governo do Estado avalioa que a redução do valor só foi possível graças à mediação do TCE.

Com o acordo aprovado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretende assinar o termo aditivo que permitirá o início das obras na Baía de Todos-os-Santos, o que deve ocorrer nas próximas semanas.

O voto do presidente e relator, conselheiro Marcus Presidio, foi acompanhado por Antônio Honorato, João Bonfim, Carolina Matos, Gildásio Penedo e Inaldo Araújo, dando sinal verde para que o governo da Bahia e o consórcio chinês deem mais um passo para a construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Com o texto da Comissão de Consensualismo acatado, Presídio pontuou que o contrato necessitou ser revisto em função dos impactos da pandemia a partir de 2020. “A radical alteração do cenário econômico, após a pandemia, afetou financeiramente o contrato, pois provocou o aumento extraordinário e significativo nos preços da construção civil e dos materiais siderúrgicos, da taxa básica de juros e, por consequência, do custo de oportunidades do capital investido”, disse.

O presidente do TCE-BA colocou as seguintes propostas:

– Elevação do aporte público total para R$ 5,07 bilhões na data base de agosto de 2024;
– Alteração na contraprestação anual para R$ 371 milhões nos primeiros dez anos de operação plena e de R$ 170 milhões no período seguinte;
– Atualização do valor do contrato;
– Extensão do cronograma de execução das obras de cinco para seis anos;
– Redução do prazo de operação efetiva de 30 para 29 anos.

O conselheiro João Bonfim destacou que a proposta visa garantir a flexibilidade e constante reavaliação do contrato em sua longevidade. “Todas essas soluções, visam promover o consensialismo, a eficiência e o pluralismo na solução dos termos controvertidos ma contratação examinada, sem deixar de atender à finalidade maior de uma contratação como essa, que é o desenvolvimento do estado e o bem-estar da população”.

*Com informações Bahia.ba

Comentários

Leia também

Bahia
Reformas de escolas no interior serão pagas com precatórios do Fundef

Reformas de escolas no interior serão pagas com precatórios do Fundef

Obras receberação um aditivo de R$ 2.131.246,26 ao valor original do contrato
Bahia
Bahia mantém 4ª maior população do país, mas cresce menos que a média nacional

Bahia mantém 4ª maior população do país, mas cresce menos que a média nacional

No recorte de longo prazo, considerando a série histórica da PNADC, de 2012 a 2024, a...
Bahia
Inmet emite alerta vermelho de baixa umidade para Bahia e outros quatro estados

Inmet emite alerta vermelho de baixa umidade para Bahia e outros quatro estados

Regiões dos estados em alerta vermelho correm grande perigo em razão da baixa umidade...