Subcomandante-geral da PMBA defende debate amplo e participação popular na PEC da Segurança Pública
A proposta já foi recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e deve passar por ampla discussão no Congresso Nacional.
Em meio às discussões nacionais sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o subcomandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Antônio Lopes, defendeu um debate mais amplo com participação popular antes de qualquer decisão sobre mudanças na área.
A proposta já foi recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e deve passar por ampla discussão no Congresso Nacional. Para o coronel Lopes, o debate é necessário e bem-vindo, especialmente porque amplia a visão tradicional sobre o que é segurança pública.
“Nossa geração achava que segurança pública era só polícia. Fomos formados com esse pensamento. Então, eu fico alegre quando vejo essas discussões, porque a gente começa a abrir a cabeça e entender que segurança pública não é só o Estado. É o município, é o governo federal, é iluminação pública, é o recolhimento do lixo”, afirmou o subcomandante.
Lopes destacou ainda que as polícias estão preparadas para cumprir o que for decidido pelos representantes legais.
“As polícias estão aqui para cumprir ordens. Se for aprovado na Câmara, iremos atuar de acordo com as normas. As leis são dinâmicas, e as polícias têm que acompanhar esse dinamismo”, disse.
Questionado sobre sugestões que faria à proposta, o coronel enfatizou a importância do diálogo com a população e com os deputados.
“Primeiramente, a gente tem que ouvir a comunidade. Esse tempo de impor uma lei sem discussão já passou. É necessário saber o que a população almeja em relação à segurança”, defendeu.
Outro ponto abordado por Lopes foi a possibilidade de que as guardas municipais passem a ter poder de polícia, um dos temas discutidos na PEC. Para ele, a proposta pode ser positiva.
“Tudo que vem para nos ajudar, sou a favor. Está sendo uma discussão muito boa na Câmara, e tudo que for decidido por nossos representantes legais, eu apoio. Isso pode ajudar a oferecer ainda mais segurança para a população”, concluiu.