A Polícia Militar da Bahia (PMBA) celebra, nesta segunda-feira (17), dois séculos de história em uma cerimônia especial realizada no Primeiro Batalhão da corporação. Criada em 17 de fevereiro de 1825 por decreto imperial de Dom Pedro I, a PMBA iniciou suas atividades com um efetivo de 238 homens sob o comando do major Manoel Joaquim Pinto, tendo como sede o Mosteiro de São Bento, em Salvador.

Em Feira de Santana, o evento comemorativo aconteceu na sede do 1° BEIC e foi presidido pelo comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), Coronel Lopes, que destacou a evolução da corporação ao longo dos anos e os investimentos recentes para modernização da segurança pública.

Segundo o coronel Lopes, a missão da PMBA permanece inalterada desde sua fundação: proteger e servir a sociedade baiana.

“Desde a formação, em 1825, nosso lema é proteger e servir. Esse é o grande legado que os nossos antecessores deixaram e que aprimoramos a cada ano, com mais investimentos do Governo do Estado, uso de inteligência policial e a dedicação dos nossos homens”, afirmou.

A corporação tem acompanhado as mudanças sociais e os desafios da segurança pública. “O que era certo no passado hoje pode ser visto de outra forma. A Polícia Militar cresce junto com a sociedade e se moderniza para atender às novas demandas”, pontuou o comandante.

Nos últimos dois anos, avanços significativos foram registrados, como a aquisição de viaturas blindadas e semi-blindadas, armamentos modernos e equipamentos de proteção individual.

“Recebemos cerca de 2.300 armamentos portáteis, incluindo fuzis israelenses de primeira geração e pistolas Glock, além de mais de 17 mil coletes à prova de balas”, revelou o coronel Lopes.

Além dos equipamentos, novas unidades foram inauguradas. “Nos últimos dois anos, recebemos mais de 600 unidades modernas. Em Feira de Santana, quatro novas sedes serão entregues nos próximos meses, e para o próximo ano estão previstas novas edificações”, destacou.

Combate à violência em Feira de Santana

Ao avaliar a segurança na região, o comandante enfatizou que a violência é um desafio global.

“A criminalidade não é um problema apenas de Feira de Santana ou da Bahia, mas de todo o Brasil e do mundo. Vemos crianças de 12, 13 anos no crime, e isso nos faz refletir: é um problema de polícia ou de educação? Essas crianças deveriam estar nas escolas”, ponderou.

Ele ressaltou os avanços no combate à criminalidade, com redução dos índices de violência nos últimos trimestres.

“Os números indicam uma tendência de queda. Estamos entrando em 2025 com uma redução entre 60% e 70% nos índices criminais, comparando fevereiro de 2024 com o mesmo período deste ano”, disse, frisando a importância de acompanhar os dados consolidados ao final de cada mês para uma análise mais precisa.

*Com informações da repórter Isabel Bomfim