Sicoob Coopere impulsiona o empreendedorismo feminino na Bahia
O painel reforçou o papel essencial do cooperativismo no fortalecimento do empreendedorismo feminino e na promoção da inclusão financeira
No Encontro de Mulheres Empreendedoras do Projeto Março Mulher, o primeiro painel foi sobre a importância do Sicoob Coopere para o empreendedorismo feminino, conduzido por Maria Vandalva. Presidenta do Conselho de Administração do Sicoob Coopere, Vandalva também atua no Sicoob Central Bahia e no Conselho Diretor da Organização das Cooperativas da Bahia. Sua trajetória profissional é marcada por uma sólida formação acadêmica e dedicação à promoção da igualdade de gênero e do desenvolvimento territorial.
Durante sua apresentação, Vandalva destacou como o cooperativismo tem sido um aliado fundamental para as mulheres que desejam empreender.
“Muitas mulheres encontraram no cooperativismo a oportunidade de confiar na sua capacidade de empreender e de acessar crédito de forma mais justa”, afirmou.
Ela ressaltou que, além do suporte financeiro, o Sicoob Coopere também oferece orientação sobre gestão e planejamento financeiro, permitindo que as mulheres não apenas abram seus negócios, mas também os administrem com segurança.
“Nossa cooperativa não é somente para acessar crédito, mas também para obter conhecimento, informações essenciais para a gestão do negócio”, explicou.
Apesar dos avanços, a dificuldade de acesso ao crédito ainda é uma realidade para muitas mulheres. Vandalva compartilhou sua própria experiência para ilustrar a desigualdade de gênero no sistema financeiro.
“Quando fui abrir minha primeira conta bancária, me pediram uma carta de recomendação dos grandes fazendeiros da minha cidade. Eu já era professora, mas mesmo assim precisei dessa avaliação”, contou.
Ela pontuou que as mulheres historicamente tiveram menos acesso a bens e propriedades, o que dificulta a obtenção de crédito em bancos tradicionais.
“Os bancos convencionais preferem emprestar um milhão para uma única pessoa do que dividir esse montante entre dez empreendedoras. Muitas mulheres precisam apenas de pequenos valores para transformar suas vidas, e é isso que o cooperativismo proporciona”, enfatizou.
A diferença entre um banco tradicional e uma cooperativa de crédito está na proximidade com as reais necessidades das empreendedoras.
“Na cooperativa, a demanda é escutada e considerada. Uma solução financeira pode ser adaptada às necessidades da mulher empreendedora. Às vezes, com dez mil reais, ela consegue iniciar um negócio e mudar a realidade da sua família”, concluiu.