Bahia

Setor empresarial baiano avançou entre 2019 e 2020, com alta de 1,8%, divulga IBGE

Este foi o segundo crescimento seguido do número de unidades locais na Bahia. Entre 2018 e 2019, o avanço havia sido de 2,9%.

26/10/2022 17h07
Setor empresarial baiano avançou entre 2019 e 2020, com alta de 1,8%, divulga IBGE
Foto: Divulgação/FGV

O setor empresarial na Bahia avançou em 2020, mesmo com a queda na taxa de entrada em atividade de unidades locais. No primeiro ano da pandemia, 37.828 unidades locais de empresas começaram a funcionar ou voltaram a abrir as portas depois de terem ficado até dois anos paradas. Esse número foi 14,7% menor do que o registrado em 2019, quando havia sido de 44.373 unidades locais, conforme resultados do estudo Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2020, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mortalidade menor do que a natalidade ou reentradas levou o setor empresarial baiano a crescer de tamanho entre 2019 e 2020, com alta de 1,8%, chegando a 229.167 unidades locais de empresas em atividade, o maior número no estado desde 2013 — quando havia 240.462 unidades locais de empresas ativas.

Este foi o segundo crescimento seguido do número de unidades locais na Bahia. Entre 2018 e 2019, o avanço havia sido de 2,9%.

Com o resultado, a taxa de entrada em atividade de unidades locais empresariais na Bahia caiu de 19,7% em 2019 para 16,5% em 2020.

Além da queda no total de empresas entrando em atividade, também houve queda no número de saídas de unidades locais na Bahia, de 38.037 em 2019 para 33.784 em 2020, menor contingente de toda a série histórica, iniciada em 2008. Assim, a taxa de mortalidade empresarial no estado recuou de 16,9% para 14,7%.

No Brasil como um todo, entre 2019 e 2020, o número de unidades locais empresariais aumentou pela segunda vez consecutiva. Nesse período, 889.098 unidades locais de empresas começaram a funcionar no país (entre nascimentos e reentradas), e a taxa de entrada ficou em 16,6%. Por outro lado, 693.108 unidades locais fecharam as portas, com uma taxa de mortalidade de 12,9%.

Em 2020, 5,355 milhões de unidades locais empresariais estavam em funcionamento em todo o país, 3,8% a mais do que em 2019 (mais 196.019 em números absolutos).

Se considerarmos apenas as unidades que nasceram em 2020, a Bahia teve uma taxa de natalidade empresarial de 12,9%, o que significa que 29.474 empresas começaram a funcionar pela primeira vez naquele ano. Isso representa uma queda 12,8% frente a 2019, quando haviam nascido 33.799 unidades empresariais no estado (4.325 a mais, numa taxa de 15,0%).

Apesar do saldo positivo da atividade empresarial em geral na Bahia, em 2020 a longevidade das empresas no estado continua baixa. Das 40.761 unidades locais de empresas que nasceram (ou começaram a funcionar pela primeira vez) em 2010, na Bahia, 27,3% (3 em cada 10, ou 11.128) morreram (encerraram suas atividades) antes de completar um ano.

Apenas 7.459 (18,3% das que nasceram em 2010, ou 2 em cada 10) ainda estavam em atividade em 2020. Ou seja, 8 em cada 10 (33.302 unidades empresariais) fecharam as portas, no estado, em menos de dez anos de funcionamento. E 6 em cada 10 das unidades empresariais baianas nascidas em 2010 na verdade “morreram” bem mais cedo: antes de completar cinco anos de atividade (em 2015), 64,3% ou 26.209 haviam fechado as portas.

Todos os percentuais de sobrevivência empresarial por tempo de funcionamento na Bahia caíram entre 2019 e 2020, além de serem menores do que os verificados no Brasil e no Nordeste como um todo. O estado tinha, em 2020, a 7a menor taxa de sobrevivência no 1o ano, e a 8ª menor tanto no 5o quanto no 10o ano de atividade.

Dentre as 797.993 unidades locais de empresas privadas que nasceram no Brasil em 2010, 24,6% (196.306) morreram antes de completar um ano (75,4% sobreviveram); 6 em cada 10 (60,7% ou 484.382) morreram antes de completar cinco anos (39,3% sobreviveram) e 78,7% morreram antes de fazer uma década (628.020, ou seja 21,3% sobreviveram).

Mesmo com mais unidades locais de empresas em geral na Bahia, entre 2019 e 2020 diminuiu o número das empresas de alto crescimento no estado, após três anos de resultados positivos.

Empresas de alto crescimento são aquelas que mostram um incremento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos seguidos, e que tinham 10 ou mais trabalhadores assalariados no primeiro ano de observação. Ou seja, são empresas que crescem sucessivamente em porte e, por isso, têm muita importância na geração de emprego.

Em um ano, o total de unidades locais de empresas de alto crescimento na Bahia caiu 5,2%, passando de 2.500 para 2.369, o que representou menos 131 unidades locais dessa categoria entre 2019 e 2020.

A queda fez com que o número de unidades de alto crescimento no estado se distanciasse ainda mais do existente em 2012, ponto mais alto da série histórica (3.465). O total de empresas de alto crescimento na Bahia, em 2020, estava 31,6% abaixo do registrado oito anos antes.

Além disso, as unidades empresariais de alto crescimento representavam, em 2020, somente 1,0% do total de ativas na Bahia.

Entre 2019 e 2020, o número de unidades locais de empresas de alto crescimento também caiu no Brasil como um todo (-5,1%), de 59.992 para 56.912. Foi o primeiro recuo após dois anos seguidos de crescimento, com reduções em 18 dos 27 estados.

*Bahia.ba

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