Servidores do Judiciário decretam greve geral por tempo indeterminado na Bahia a partir de segunda-feira (12)
O presidente do Sinpojud (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia), Manuel Suzart, explicou os motivos que levaram à decisão.
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (7), os servidores do Poder Judiciário da Bahia aprovaram, por maioria, a deflagração de uma greve geral por tempo indeterminado em todas as comarcas do estado. A paralisação está prevista para começar na próxima segunda-feira, 12 de maio, e tem como principal motivação a cobrança pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
O presidente do Sinpojud (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia), Manuel Suzart, explicou os motivos que levaram à decisão.
“Tivemos uma assembleia geral extraordinária hoje, dia 7 de maio, no ginásio de esportes dos bancários, conforme já havia sido aprovado na assembleia anterior, em 11 de abril. Caso não houvesse avanço na aprovação do PCCV, ou seja, o Projeto de Lei 25.491/2024, entraríamos em greve. Esse projeto está na Assembleia Legislativa há nove meses e sequer foi publicado”, destacou.
Segundo Manuel, o que os servidores reivindicam é o mínimo necessário para recompor perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos últimos anos:
“Estamos requerendo apenas a reposição inflacionária dos últimos oito anos, nos quais não obtivemos reajustes lineares. É algo que afeta diretamente a vida de servidores ativos, aposentados e pensionistas. Estamos solicitando o que é de direito.”
O presidente do Sinpojud ressaltou que a greve respeitará todos os trâmites legais e será comunicada às autoridades competentes, além de manter o atendimento às demandas emergenciais durante o período de paralisação.
“Estaremos cumprindo o que a lei determina, inclusive no tocante às questões emergenciais. Esperamos que até a próxima terça-feira, quando a ALBA deve apreciar novos projetos, essa situação seja resolvida.”
Manuel também reforçou que o movimento não é contrário ao diálogo, mas resultado de um processo de esgotamento diante da falta de respostas concretas:
“Já utilizamos todos os meios de diálogo e mobilizações, inclusive paralisações. Agora chegamos à greve. Mas o diálogo sempre estará aberto. Assim que a Assembleia aprovar o projeto, convocaremos uma nova assembleia para comunicar a decisão à categoria.”
A greve afetará o funcionamento do Judiciário em todas as comarcas do estado, com suspensão dos serviços não emergenciais até que haja uma solução definitiva para a pauta apresentada pelos servidores.
*Com informações do repórter Robson Nascimento