Sem salários, trabalhadores da Paquetá, na cidade de Ipirá, paralisam atividades e temem calote da empresa
Organizada pelo Sindical, a mobilização contou com o apoio do Sindipetro-Ba
Centenas de trabalhadores e trabalhadoras da fábrica de calçados Paquetá, localizada no município de Ipirá, no centro norte da Bahia, participaram na manhã desta segunda-feira (8), de uma manifestação na porta da empresa.
Sem receber salários desde o mês de março, os cerca de 1.500 trabalhadores da Paquetá já estão tendo dificuldades para honrar compromissos financeiros como o pagamento de água, luz e aluguel, ou pior, não têm dinheiro sequer para comprar alimentos para a família. A empresa também não deposita o FGTS dos empregados há pelo menos quatro anos e não cumpre o Acordo Coletivo de Trabalho.
A mobilização foi organizada pelo Sindical (Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Indústrias de Artefatos de Couros no Município de Ipirá) e contou com o apoio do Sindipetro Bahia. Ambos sindicatos filiados à CUT.
Para o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, o receio é que os trabalhadores venham a sofrer um calote, pois a fábrica está com possibilidade real de ser fechada. O sindicalista fala em grande impacto econômico para esses trabalhadores e para a economia de Ipirá, caso a empresa seja fechada. Ele defende que o movimento sindical e a CUT busquem junto ao governo do estado a garantia de que uma outra fábrica possa ocupar o lugar da Paquetá, uma vez que a empresa não está honrando seus compromissos, prejudicando milhares de trabalhadores.
O Sindical já procurou a direção da Paquetá diversas vezes na tentativa de resolver os problemas, sem sucesso, pois segundo o sindicato a empresa sequer dá uma resposta ás cobranças feitas.
A Paquetá atua na cidade de Ipirá há cerca de 20 anos e é uma das muitas fábricas de produtos em couro sediadas na cidade.
*Imprensa Sindipetro Bahia