Feira de Santana

Samba, cultura e literatura na abertura do Flifs 2024

O show que marcou a abertura oficial do evento teve samba e muita animação no Palco Chica do Pandeiro.

28/08/2024 07h19
Samba, cultura e literatura na abertura do Flifs 2024
Foto: Edvan Barbosa

A valorização da cultura popular marcou o início do 17º Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs). Com show de Quixabeira da Matinha e participação de Maryzelia, a Praça Padre Ovídio ficou lotada na noite desta terça-feira (27) para celebrar mais uma edição do evento que promove palestras, atividades culturais e uma diversidade de encontros. O primeiro dia do Flifs também contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, dos secretários estaduais de Cultura, Bruno Monteiro, Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e Relações Institucionais, Jonival Lucas, e da presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella.

O show que marcou a abertura oficial do evento teve samba e muita animação no Palco Chica do Pandeiro. Uma das homenageadas deste ano, Dona Chica do Pandeiro, integrante da Quixabeira da Matinha, além de dar nome ao palco principal da praça, presenteou o público com apresentação ao lado do filho Guda. O festival, organizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), segue até domingo (01) com programação gratuita. Confira AQUI todas as atividades do Flifs.

Com o tema ”Narrativas Femininas, histórias para resistir”, o encontro literário está homenageando mulheres que se destacaram como escritoras, mestres de samba, bonequeiras e artesãs. ”O tema me fez lembrar da professora Ana Angélica Vergne (1934-2022). Como ela se faz presente em todos os Flifs. Em nome da professora Ana Angélica, in memorian, quero saudar todas as professoras e as narrativas femininas que foram construídas ao longo da história, principalmente as que estão ligadas à história de Feira de Santana”, disse a reitora da Uefs, Amali Mussi.

A coordenadora do festival e vice-reitora da Uefs, Rita Brêda, destacou que o evento remete à celebração, festa e encontro. ”Festival é aquilo que traz benefícios para a comunidade onde será realizado. O nosso Festival Literário e Cultural de Feira de Santana é esperado ansiosamente pela comunidade por trazer benefícios nas dimensões formativas, sociais, culturais, econômicas e emocionais. Nesta edição, trazemos para os leitores e visitantes a oportunidade de aquecer o debate e ampliar as reflexões sobre o papel das mulheres nos diferentes espaços formativos, nas diferentes inserções sociais, nas margens da história”, afirmou.

A comissão organizadora do Flifs é composta por representantes da Arquidiocese de Feira de Santana, Secretaria Estadual da Educação, através do Núcleo Regional de Educação (NTE 19), Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Feira de Santana. O evento também tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura, através da Fundação Pedro Calmon, Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Educação antirracista é tema de debate no Flifs

Pesquisadores, educadores, estudantes da Educação Básica e do Ensino Superior lotaram o auditório do Sesc Centro e parte do foyer do espaço para prestigiar a Roda de Conversa com a escritora e professora doutora Bárbara Carine. A atividade, que aconteceu na tarde desta terça-feira foi mediada por Luciene Mota e integrou a programação do 17º Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) abordando a educação antirracista e outras temáticas.

”Antes de me colocar como educadora nas redes sociais eu já tinha esse entendimento de que eu precisava falar e escrever para o povo. E comunicar especificamente sobre a educação antirracista e, sobretudo, aqui neste Festival para um público muito diverso, que conhece o meu trabalho e entende a importância de falar desse tema em todos os complexos sociais, é pra mim uma sensação de uma missão cumprida”, destacou a escritora.

A palestrante, que utiliza um perfil no Instagram com mais de 500 mil seguidores, para falar sobre a importância das escolas adotarem posturas antirracistas e pensarem em novos caminhos para a formação de professores, tem inspirado muitos profissionais da educação, a exemplo de Caroline Cardoso, que participou da atividade e destacou a importância do debate. “Ela traz essa luta que não é só dela, uma luta para que nossos corpos possam ocupar todos espaços. Ela nos convida a lutar a partir do incômodo dessa condição de nos vetarem. Um aprendizado importante e necessário para levarmos às salas de aula”.

A programação do evento segue até o próximo domingo (01/09) com oficinas, rodas de conversas, contações de histórias, além de shows musicais. Mais informações podem ser acompanhadas no perfil @flifsoficial no Instagram.

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