Rui Costa explica desafios para viabilizar ferrovia entre Feira de Santana e Salvador
Rui Costa reforçou que o projeto é possível, mas depende de um estudo técnico aprofundado e de um modelo que garanta a operação conjunta de carga e passageiros para se tornar realidade.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, detalhou as perspectivas e entraves para a implantação de uma ferrovia ligando Feira de Santana a Salvador, projeto que já foi apresentado ao governo federal. Durante encontro com lideranças feirenses em Brasília, ele destacou que a proposta depende de viabilidade econômica e da integração de transporte de passageiros e de cargas.
“Eu trabalho nisso desde que era governador. O primeiro estudo eu pedi ao meu secretário da Casa Civil para fazer. Trata-se da Ferrovia Centro-Atlântica, que vem de Minas, passa por Brumado, sobe até o Porto de Aratu em Salvador, entrando por Santo Amaro e Cachoeira”, explicou Rui Costa.
Segundo o ministro, dificuldades históricas na execução das obras em cidades tombadas como Cachoeira e Santo Amaro levaram à ideia de incluir Feira de Santana no traçado.
“Quando não conseguimos realizar as obras em Cachoeira e Santo Amaro, porque são cidades históricas, surgiu a ideia de iniciar esse discurso e buscar uma alternativa que contemple Feira.”
Rui Costa ressaltou, no entanto, que a questão principal é a sustentabilidade financeira.
“Não tem número de passageiros suficiente para pagar o investimento nem mesmo o custeio. Investimento você até faz com recurso público, mas o custeio, se não agregarmos outros serviços, não terá viabilidade.”
Para o ministro, a solução está em combinar o transporte de passageiros com o de cargas, permitindo que a ferrovia se torne economicamente viável.
“Na minha opinião, a viabilidade dessa ferrovia passa pelo uso compartilhado de passageiro e carga, e isso já viabiliza com mudanças da Centro-Atlântica para passar por Feira de Santana.”
*Com informações de Jorge Bianchhi, direto de Brasília