Feira de Santana

Reunião do Conselho Municipal de Transportes debate hoje o preço da passagem de Feira

A reunião pode definir um novo aumento na tarifa de ônibus, que não é reajustada desde agosto de 2023.

13/01/2025 06h14
Reunião do Conselho Municipal de Transportes debate hoje o preço da passagem de Feira

Na manhã desta segunda-feira (13), o Conselho Municipal de Transporte se reúne para discutir o equilíbrio econômico do sistema de transporte público em Feira de Santana, analisando as passagens pagas e a possibilidade de subsídio por parte da Prefeitura. A reunião pode definir um novo aumento na tarifa de ônibus, que não é reajustada desde agosto de 2023.

De acordo com Sérgio Carneiro, secretário municipal de Mobilidade Urbana, a análise será detalhada, incluindo todos os custos que impactam o sistema de transporte.

“O sistema de transporte tem um custo, e a reunião foi convocada justamente para verificar esse custo auferido desde o último reajuste, há um ano e meio. Já determinei à minha equipe e à diretoria que façam um levantamento completo, considerando o dissídio coletivo dos rodoviários, aumento do salário mínimo, variação no preço do diesel, manutenção, depreciação da frota, entre outros fatores”, explicou o secretário.

Carneiro destacou que, na época do último reajuste, a tarifa real calculada era de R$ 8,00.

“Por que a população não paga R$ 8,00, que seria a tarifa real, e sim R$ 4,75, enquanto estudantes pagam R$ 2,35, e idosos e pessoas com deficiência têm gratuidade? Porque o município subsidia essa diferença. O subsídio é justamente para garantir que trabalhadores, estudantes e demais usuários possam acessar o transporte público”, disse.

O secretário também rebateu críticas de que o subsídio seria um benefício direto aos empresários.

“Essa visão de que o subsídio é para ‘dar dinheiro ao empresário’ é equivocada. O que o município faz é subsidiar o trabalhador, o estudante e os demais usuários que dependem do transporte público. É importante entender que esses ônibus são comprados por empresários, com custo de R$ 800 mil a mais de R$ 1 milhão, além de toda a estrutura necessária, como garagem e contratação de pessoal. O subsídio, na verdade, é para garantir que o trabalhador tenha condições de ir ao trabalho, que o estudante chegue às aulas e que o idoso possa se deslocar com dignidade”, ressaltou.

Ainda segundo Sérgio Carneiro, o trabalho e a educação são prioridades nesse debate.

“Todos sabemos que o trabalho vai ao encontro da autoestima e da sobrevivência do trabalhador e sua família. Da mesma forma, a educação é o principal meio para que as pessoas tenham ascensão pessoal, profissional, social e financeira. Por isso, o subsídio cumpre um papel social fundamental ao garantir o acesso ao transporte público”, concluiu.

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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