Quedas em idosos: especialista alerta para a importância de cuidados e prevenção
À medida que envelhecem, muitas doenças podem reduzir a mobilidade e o campo visual, tornando atividades cotidianas, como tomar banho, um risco maior.
Quedas podem ocorrer em qualquer faixa etária, mas os idosos estão particularmente vulneráveis, enfrentando consequências graves mesmo após pequenos acidentes. À medida que envelhecem, muitas doenças podem reduzir a mobilidade e o campo visual, tornando atividades cotidianas, como tomar banho, um risco maior.
O Dr. Leonardo Rodrigues, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, ressalta a importância de adotar cuidados para minimizar as sequelas e salvar vidas.
“Com a idade, o controle do equilíbrio se altera e a perda da cognição leva a uma instabilidade na marcha”, explica. Ele destaca que o equilíbrio depende de uma complexa interação entre funções nervosas, osteomusculares, cardiovasculares e sensoriais.
Os idosos frequentemente apresentam fraqueza muscular e podem sofrer com comorbidades que exigem o uso de medicamentos, como antihipertensivos e psicotrópicos.
“Essa combinação de fatores, somada a deficiências auditivas e visuais, aumenta significativamente o risco de quedas. “Além disso, os idosos não têm a mesma capacidade de resposta a quedas que os mais jovens, e a fragilidade óssea típica da idade eleva a probabilidade de fraturas, especialmente nos punhos, ombros e quadris.” Afirma.
Dentre as fraturas, a do quadril se destaca por sua alta taxa de mortalidade e complicações. “Essas fraturas geram sérios riscos, como distúrbios cardiovasculares, tromboses, escaras e até demência”, alerta o médico. Ele enfatiza que, devido à fragilidade dos ossos osteoporóticos, até traumas de baixa energia podem resultar em lesões graves. “É sempre necessário levar o idoso à emergência após uma queda, para avaliação clínica e ortopédica.”
Dr. Leonardo também aborda a importância de um ambiente seguro para os idosos. “Criar um espaço físico seguro é fundamental para garantir a qualidade de vida e a independência funcional.” Além disso, ele sugere que a prática de atividades físicas e o fortalecimento muscular podem reduzir o risco de quedas. “O aumento do tônus muscular ajuda o idoso a se manter ativo, prevenindo quedas.”
Por fim, o médico recomenda a implementação de ações educativas e preventivas na área de saúde para reduzir o número de internações de idosos por fraturas.
“Não podemos subestimar o impacto que uma queda pode ter na vida de um idoso. A abordagem deve ser sempre proativa.”