Cultura

Publicitário feirense é um dos diretores do documentário “Caminhada Tupinambá”

A primeira exibição aconteceu no Museu de Arte Contemporânea da Bahia, em Salvador dia 25 de maio. 

30/04/2025 16h16
Publicitário feirense é um dos diretores do documentário “Caminhada Tupinambá”

O documentário Caminhada Tupinambá de Olivença: Memória e Resistência chega em 2025 como um grito de força, ancestralidade e justiça histórica. A produção revisita o massacre de 1559 — um dos maiores das Américas — e mergulha na luta atual do povo Tupinambá pelo reconhecimento de seu território tradicional. A obra também marca a volta ao Brasil do Manto Tupinambá, símbolo espiritual e político de reconexão com os ancestrais. A primeira exibição aconteceu no Museu de Arte Contemporânea da Bahia, em Salvador dia 25 de maio. 

A narrativa tem como protagonista a baiana Maria Valdelice Amaral, mais conhecida como Cacique Jamopoty, a primeira mulher a se tornar cacique no Nordeste. Ela lidera 14 aldeias e é referência na articulação do movimento indígena. As gravações aconteceram na Aldeia Itapuã, no sul da Bahia, e no Rio de Janeiro, onde o manto foi recebido com emoção. O documentário propõe uma imersão nos rituais, nas paisagens e nas vozes vivas do povo Tupinambá.

Com exibições previstas em festivais, plataformas digitais e sessões comunitárias, a produção também investe em formação para jovens indígenas, oferecendo oficinas de audiovisual como ferramenta de expressão e valorização cultural. “Não queremos só lembrar o passado. Queremos garantir que ele seja contado com verdade e respeito. Caminhar é afirmar que existimos”, afirma a Cacique Valdelice.

A pesquisa é assinada por Jade Alcântara Lôbo, doutoranda da UFSC com passagem por Harvard. A direção é de Maurício Galvão (Rede Amo), Jade Lobo e do publicitário feirense Arivaldo Publio.  Com trabalhos internacionais na Amazon, Netflix e BBC de Londres, Publio comentou sobre a experiência.  “Passei dias realizando atividades na aldeia, conversando com as pessoas, muitas vezes até sem a câmera. Isso me aproximou das fontes e facilitou não só a produção audiovisual, mas também minha experiência pessoal”, disse. 

Fundador da a Ser Tão Filmes, em 2014,  Ari Publio atuou ainda em documentários sobre Irmã Dulce, Canudos, Graffiti na Bahia, Bando Anunciador e com a série documental 8 Distritos, que retrata a história de Feira de Santana pelos seus distritos.

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